A agência antidrogas dos Estados Unidos (DEA) vai ajudar a polícia do Rio de Janeiro na sua luta contra os traficantes de drogas e armas que operam nas favelas da cidade brasileira, informaram fontes oficiais. A colaboração da DEA vai limitar-se à transmissão de informações relacionadas com o tráfico de drogas e de armas, segundo a secretaria estadual de Segurança.

A DEA contará com um “grupo especializado” no Rio de Janeiro, afirmou o secretário estadual de Segurança, José Mariano Beltrame, numa entrevista à rede de televisão Globo. O principal objetivo das autoridades brasileiras é identificar as rotas que usam os grupos criminosos para se abastecerem de drogas e armas para tentar reduzir as taxas de criminalidade.

Esta será a primeira vez que a DEA fará uma parceria com um corpo da polícia estadual no Brasil. Até agora, a agência antidrogas trabalhou no Brasil sempre em colaboração com o Governo federal e através da embaixada norte-americana.

O Rio de Janeiro, segunda cidade mais populosa do Brasil e sede dos Jogos Olímpicos de 2016, vive há décadas uma violência gerada pelos grupos de narcotraficantes que operam nas favelas e que usam armamento militar, na maioria armas de assalto, metralhadoras e granadas.

Desde 2008 que o governo do Rio de Janeiro colocou em marcha uma política de “pacificação” das favelas, a quel supostamente terá expulsado os grupos criminosos destas áreas. Apesar desta política ter produzido uma redução no número de homicídios, em 2014 foram registados 5.719 mortes violentas no estado do Rio de Janeiro, onde vivem cerca de 16 milhões de pessoas.

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