O programa do PSOE para as eleições de 20 de dezembro em Espanha tem 255 páginas e é exaustivo a detalhar as medidas que o partido levará a cabo, caso ganhe o sufrágio. Para além das medidas de cariz económico, e devido ao facto de partidos à sua esquerda como o Podemos poderem entrar no seu eleitorado, Pedro Sanchéz, o líder socialista espanhol, formulou algumas ideias inovadoras, que vão da educação aos partidos, propondo até mudar a relação do Estado espanhol com a Igreja Católica.

  • Alargar oferta escolas e limitar os trabalhos de casa  o PSOE quer que os jovens espanhóis estudem até aos 18 anos, diversificando a oferta escolar até à maioridade. O partido quer também uniformizar e limitar os trabalhos de casa que os estudantes levam para casa.
  • Primárias em todos os partidos – os socialista espanhóis querem que os militantes escolham diretamente os candidatos dos seus partidos, tornando o processo de primárias obrigatório em todas as forças políticas que se candidatem às regiões autónomas ou às eleições legislativas.
  • Terminar com a Concordata com o Vaticano os acordos estabelecidos com a Santa Sé serão revogados, assim como os benefícios fiscais para todas as organizações religiosas em Espanha. Sanchéz também pretende que bens assimilados pela Igreja sejam devolvidos ao Estado. Também deixarão de existir capelas nas cadeias e passarão a espaços abertos a todas as confissões religiosas.
  • Fim da pena prisão permanente – o PSOE quer abolir o regime de prisão permanente introduzido em 2012 por Mariano Rajoy. Este regime visa criar uma pena de prisão por tempo indefinido para crimes de sangue.
  • Aborto aos 16 e 17 anos sem autorização dos pais – foi uma das alterações que o PP introduziu na lei do aborto em Espanha. O PSOE quer agora reverter essa alteração e tornar possível às jovens de 16 e 17 anos abortarem sem terem de pedir autorização aos pais.

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