Um grupo de 73 políticos e 96 representantes de outros deputados japoneses deslocou-se ao santuário Yasukuni para assinalar o festival do outono, antes das conversações a três – China, Japão e Coreia do Sul – esperadas para daqui a duas semanas.

A visita surge depois de dois ministros terem ido ao Yasukuni prestar homenagem, no domingo, enquanto o primeiro-ministro, Shinzo Abe, enviou uma oferenda no sábado. No santuário, erguido há 145 a pedido do do imperador Meiji, em memória dos mortos da Guerra Boshin, presta-se também tributo a cerca de 2,5 milhões de cidadãos que morreram na Segunda Guerra Mundial e noutros conflitos bélicos. Da lista dos homenageados constam os nomes de 14 militares japoneses considerados criminosos de guerra.

Daí a controvérsia, até porque entre esses nomes está o do general Hideki Tojo, que autorizou o ataque contra Pearl Harbor. Os vizinhos do Japão, em particular China e Coreia do Sul, interpretam a ‘peregrinação’ de políticos e dignitários japoneses ao santuário como um insulto e uma dolorosa lembrança da política agressiva e expansionista de Tóquio na primeira metade do século XX.

Os líderes do Japão, China e Coreia do Sul têm planeada uma cimeira para 1 de novembro, em Seul, altura em que, segundo a imprensa japonesa, o primeiro-ministro japonês e a Presidente sul-coreana, Park Geun-Hye, devem manter à margem o primeiro encontro oficial.

Com o encontro trilateral pretende-se retomar as cimeiras de líderes que se realizaram anualmente entre 2008 e 2012, suspensas desde então devido à deterioração das relações diplomáticas na região após a chegada de Shinzo Abe ao poder no Japão, de Park Geun-hye na Coreia do Sul e de Xi Jingping na China.

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