O banco Crédit Agricole vai pagar uma multa de 787,3 milhões de dólares (694 milhões de euros) por ter violado os embargos norte-americanos impostos ao Sudão, Irão, Cuba e Birmânia, anunciaram reguladores dos Estados Unidos.

Esta punição financeira faz parte de um acordo concluído com quatro autoridades dos Estados Unidos que acusavam o banco francês de ter feito transações em dólares entre 2003 e 2008 em nome de entidades ou pessoas abrangidas pelas sanções económicas impostas por Washington.

“O Crédit Agricole envolveu-se numa série de procedimentos para contornar as sanções norte-americanas e enganar os reguladores”, refere Anthony Albanese, dirigente dos serviços financeiros de Nova Iorque, citado num comunicado.

De acordo com o regulador, o banco “aceitou pedidos dos clientes para dissimular as suas identidades”.

O banco vai reforçar os seus procedimentos de controlo e comprometeu-se a não cometer infrações similares. Em troca, as autoridades devem renunciar a uma ação penal, o que permite à instituição bancária prosseguir normalmente determinadas atividades, como gerir ativos de fundos de pensões.

As operações litigiosas em causa ultrapassam os 32 mil milhões de dólares e foram efetuadas em filiais em Londres, Paris, Singapura, Hong Kong e Genebra do Crédit Agricole CIB, o banco de financiamento e investimento do grupo.

Muitos dos dirigentes do banco envolvidos já deixaram o Crédit Agricole, mas as autoridades norte-americanas exigiram que um responsável ainda em funções seja afastado.

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