Representantes diplomáticos de embaixadas de países da Europa em Luanda, incluindo de Portugal e da União Europeia, reuniram-se hoje, no hospital-prisão de São Paulo, na capital angolana, com 14 dos ativistas que se encontram desde junho em prisão preventiva.

A reunião, explicou a chefe da secção política da Delegação da União Europeia em Angola, a portuguesa Joana Fisher, surge na sequência de encontro idêntico, no sábado, com o ‘rapper’ e ativista luso-angolano Luaty Beirão, neste caso numa clínica de Luanda, onde se encontra a cumprir greve de fome, ao fim de 31 dias.

“No que concerne à situação dos defensores dos direitos humanos e outros ativistas no país, a União Europeia tem desenvolvido esforços reiterados e tem pugnado pelo cumprimento das garantias processuais previstas na lei angolana”, afirmou, ao fim de mais de três horas de reuniões, que permitiram, conforme a Lusa constatou no interior, ouvir oito dos 14 detidos que ali aguardam julgamento.

Os 15 ativistas angolanos são acusados de atos preparatórios para um golpe de Estado e um atentado ao Presidente, estando detidos desde 20 de junho. O julgamento arranca a 16 de novembro e estes jovens exigem aguardar o desfecho do processo em liberdade, como prevê a lei angolana.

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