O presidente executivo da Air France reafirmou que a empresa poderá suprimir 2.900 empregos, se não chegar a acordo com os sindicatos dos trabalhadores até ao final do ano para aumentar a produtividade da companhia aérea.

O presidente executivo da Air France, Frederic Gagey, informou hoje os representantes dos trabalhadores de que, aconteça o que acontecer, no próximo ano a empresa terá de reduzir 1.000 postos de trabalho, através de saídas voluntárias, na sua maioria reformas antecipadas.

Numa declaração à comunicação social citada pela agência noticiosa espanhola EFE, Frederic Gagey afirmou que o despedimento a 2.900 trabalhadores, caso não se chegue a um compromisso para reduzir custos operacionais, em especial com os pilotos, ainda este ano, é inevitável.

A administração da empresa e os sindicatos reuniram-se hoje, num primeiro encontro desde os confrontos violentos de 05 de outubro, quando centenas de trabalhadores invadiram uma reunião do conselho de administração da empresa e atacaram os seus membros.

O presidente executivo da companhia aérea recusou ainda que se classifique estas declarações como chantagem, preferindo sublinhar que a Air France “está sujeita a uma forte concorrência” e que se os objetivos do programa de reestruturação da empresa forem cumpridos não haverá despedimentos.

Uma dezena de sindicatos convocaram para hoje um protesto contra o plano de restruturação da empresa, com milhares de pessoas a manifestarem-se em França ao mesmo tempo que a administração apresentava os detalhes do programa aos representantes dos trabalhadores.

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