O presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, criticou esta quinta-feira os Estados-membros por não cumprirem as próprias promessas de ajuda humanitária para resolver a crise dos refugiados, salientando a “urgência” dessa ajuda.

“A crise dos migrantes que estamos a viver não vai estar terminada no Natal, é uma crise que vai durar e é precisa uma ação de longo prazo”, afirmou, durante uma reunião de partidos conservadores europeus em Madrid.

Os Estados-membros da União Europeia comprometeram-se com contribuições financeiras num total de 2,3 mil milhões de euros, mas até agora só entregaram 275 milhões de euros (cerca de 12%).

“Não vamos escrever poemas ou fazer promessas, vamos agir, porque há urgência. Temos de estar conscientes das nossas responsabilidades”, disse Juncker.

Está a aparecer uma linha divisória entre governos europeus, com uns a verem a crise, antes de tudo, como uma questão de segurança, que exige uma ação forte no controlo das fronteiras europeias, a redução do fluxo de migrantes, o repatriamento dos que não têm direito a asilo e pagar a Estados terceiros, se for preciso, para que fiquem com os refugiados ou os mantenham afastados da Europa, e outros a considerarem o problema, antes de mais, como uma questão humanitária.

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