O Governo húngaro, protagonista de uma linha dura sobre a questão dos refugiados, ofereceu hoje aos países ocidentais ajuda para o repatriamento em direção à Grécia e Turquia dos migrantes sem direito à obtenção de asilo.

“Se for necessário, estamos prontos a deixar passar no nosso território comboios que transportem os imigrantes clandestinos do oeste em direção à Grécia e Turquia”, anunciou o ministro do Interior húngaro, Sandor Pintér, em declarações à imprensa na fronteira servo-húngara.

“Podemos mesmo colocar à disposição comboios da MAV [os caminhos-de-ferro húngaros] para esse objetivo”, adiantou.

O ministro exprimiu-se no decurso de um encontro com o seu homólogo sérvio Nebojsa Stefanic no posto fronteiriço de Roszke, palco de confrontos entre migrantes e polícias húngaros em 16 de setembro.

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Milhares de migrantes transitaram da Sérvia em direção à Hungria a partir deste posto fronteiriço, antes do seu encerramento com barreias de arama farpado, ordenado por Budapeste.

A Hungria, que considera todos os migrantes que se têm dirigido para as suas fronteiras como “refugiados económicos”, também encerrou a sua fronteira com a Croácia aos imigrantes, forçando o desvio do fluxo migratório em direção à Eslovénia.

Mais de 500 mil migrantes, provenientes na sua maioria do Médio Oriente mas também do Paquistão, entraram na Europa através dos Balcãs desde o início de 2015, com uma parte arriscando ver recusado o direito de asilo.