O Banco Popular da China anunciou nesta sexta-feira o sexto corte da taxa de juro de referência no espaço de apenas um ano. É uma de várias medidas de estímulo monetário com que o banco central chinês quer conter a derrapagem no crescimento e as pressões deflacionistas que estão a afetar a segunda maior economia do mundo.

Foram várias as medidas anunciadas pelo Banco Popular da China, com efeito a partir de amanhã (sábado). Em primeiro foi cortada a taxa de juro para os empréstimos à banca com prazo de um ano de 4,6% para 4,35%. Esta é a taxa dos empréstimos aos bancos, mas foi também reduzida a taxa que é paga aos bancos quando estes depositam liquidez no banco central – de 1,75% para 1,5%. Foram, ainda, diminuídos os requisitos de reservas de capital que são a proporção de depósitos que cada banco tem de manter, estacionada no banco central, como reserva.

Esta última medida irá injetar, imediatamente, o equivalente a 90 mil milhões de dólares no sistema bancário, que tem sido penalizado por saídas de capital, explica o Financial Times.

O anúncio destas novas medidas, que já tinham sido sinalizadas por vários analistas, surge na sequência dos últimos dados sobre o crescimento económico. O produto interno bruto chinês cresceu 6,9% no terceiro trimestre, um valor que ficou acima do previsto pela maioria dos economistas mas que corresponde ao crescimento mais lento desde 2009 e ficou abaixo da taxa de 7% idealizada pelo governo chinês.

Mas as medidas de estímulo “sugerem que a economia poderá estar a perder ímpeto, a um ritmo maior do que sugere a taxa de crescimento anunciada” de 6,9%, afirma Eswar Prasad, professor da Universidade de Cornell, ao Financial Times

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