A Frelimo, partido no poder em Moçambique, manifestou neste sábado a vontade de “estar mais próxima do cidadão”, enaltecendo a importância da mobilização para a paz, num momento em que o país enfrenta ameaças à sua estabilidade política.

“O partido [Frelimo] quer estar mais próximo do cidadão, temos de organizar mais atividades junto do cidadão”, disse Eliseu Machava, secretário-geral da Frelimo (Frente de Libertação de Moçambique), à margem de uma visita do seu presidente, Filipe Nyusi, também chefe de Estado moçambicano, à sede do partido na cidade de Maputo.

Assinalando o “compromisso da Frelimo com o desenvolvimento” económico e social do país, Eliseu Machava destacou a importância de o povo moçambicano valorizar a consolidação e manutenção da paz, numa altura em que o país vive uma crise política, marcada por recentes confrontações militares entre as forças de defesa e segurança e o braço armado do maior partido de oposição, a Renamo (Resistência Nacional Moçambicana).

“Na mobilização que fazemos junto das populações, a mensagem principal é de consolidação da estabilidade”, salientou o secretário-geral do partido no poder há 40 anos em Moçambique, considerando que a ambição da Frelimo é envolver a todos na luta pela manutenção da paz.

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Durante a visita às instalações do partido na cidade de Maputo, Filipe Nyusi, chegado ao poder em janeiro após uma votação em que a Frelimo ficou abaixo das habituais expressivas vantagens eleitorais, reuniu-se com altos quadros da força política, num encontro fechado de quase quatro horas.

“No geral, nós estamos bem, mas queremos mais ao nível da ligação com as populações”, reiterou Machava, acrescentando que o partido está a trabalhar na restruturação das suas células e círculos.

Em julho, a Frelimo teve eleições internas em todo país, um processo que elegeu novos representantes da força política ao nível das células, comités de círculos e comités de zona.

Estas mudanças aconteceram após Filipe Nyusi ter juntado ao cargo de Presidente da República a liderança do partido, substituindo em ambos os casos Armando Guebuza.