Marcelo Rebelo de Sousa lembrou o PREC esta tarde para dizer que “não quer voltar a ter divisão entre os portugueses” e afirmando, numa clara mensagem sobre o discurso de Cavaco Silva, que “cabemos todos na democracia”. O debate é legítimo, mas tem de ser um debate feito com serenidade e sem exclusões, não confundindo adversários e inimigos”, lembrou o candidato à Presidência da República.

Rebelo de Sousa já não quer ser visto nem como professor, nem como comentador político. Quer ser encarado como candidato a Belém, como uma figura independente e como um conciliador. “O que nos une é muito mais importante do que aquilo que nos separa. É um dever de todos trabalhar pela esperança”, afirmou o antigo comentador no seu primeiro discurso como candidato em Lisboa.

Esta esperança é, no entanto, “difícil” no “calor de uma refrega eleitoral”, especialmente quando “essas eleições culminam em resultados com leituras muito variadas”. Marcelo voltou ainda a insistir que que “as presidenciais não são segunda volta das legislativas”nem de “compensação pelas semanas que vivemos” e avisa que “são outra coisa completamente diversa”.

Sobre o Presidente que quer ser, Marcelo afirmou que não é vantajoso ter “um Presidente da República que fosse ao mesmo tempo primeiro-ministro e mandar no Governo, seria indesejável”, mas também não vale a pena ser “um presidente que se apague totalmente”. “O Presidente da República tem de ser referencial do Estado e da voz popular. Deve ser segurança para os momentos de crise”, concluiu.

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