A Tanzânia realiza, este domingo, eleições presidenciais, legislativas e locais que podem significar o fim do domínio do partido que está no poder desde a independência, em 1961. Cerca de 23 milhões de eleitores, de uma população total de 52 milhões de pessoas, vão escolher o sucessor do atual presidente, Jakaya Kikwete, que não é candidato dada a imposição constitucional que limita a dois os mandatos presidenciais sucessivos.

Estas eleições gerais, as quintas desde que em 1992 foi instaurado o multipartidarismo, vão servir também para escolher os deputados à assembleia nacional e os conselheiros municipais, além do presidente e assembleia do arquipélago semiautónomo de Zanzibar.

A sucessão de Kikwete, confortavelmente eleito em 2005 com 80% dos votos e reeleito em 2010 com 61,7%, vai ser decidida entre oito candidatos, um deles apoiado pelos quatro principais partidos da oposição.

Há dois favoritos na corrida, mas nenhum deles tem a vitória garantida: John Magufuli, candidato do partido no poder Chama Cha Mapinduzi (CCM, Partido Revolucionário) e ministro cessante, e Edward Lowassa, candidato pela aliança oposicionista Ukawa e que foi primeiro-ministro entre 2005 e 2008, tendo-se demitido por envolvimento num caso de corrupção.

Muitos observadores consideram contudo que esse domínio pode terminar, uma vez que o partido saiu enfraquecido de recentes divergências internas, saída de dirigentes e escândalos de corrupção.

A Tanzânia tem fronteiras com o Quénia, Uganda, Ruanda, Burundi, República Democrática do Congo, Zâmbia, Malauí e Moçambique.

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