“Lolita, luz da minha vida, fogo da minha virilidade. Meu pecado, minha alma. Lo-li-ta: a ponta da língua viaja em três passos pelo palato para, ao terceiro, bater nos dentes. Lo. Li. Ta.”

Vladimir Nabokov não poderia ter escrito sobre um tema mais controverso quando lançou mãos à obra para escrever “Lolita”, um livro onde conta a história de Humbert Humbert, um professor universitário de inglês que se apaixona por Lolita, uma rapariga de 12 anos.

Antes da primeira edição do livro, em Paris, o próprio Nabokov deu indicações sobre como devia ser a capa do livro: “Quero cores puras, nuvens a derreter, detalhes desenhados de forma precisa, com um raio de luz a passar por cima da curva de uma estrada em que a luz é refletida nos carreiros de água a seguir à chuva. E sem raparigas”. O resultado final foi bastante diferente: uma capa verde, simples e com letras pretas.

Desde então, as capas da obra mais conhecida do escritor russo seguiram vários estilos. Já houve desenhos abstratos, ilustrações e fotografias de raparigas jovens, por vezes imagens eróticas e, mais recentemente, a primeira frase de “Lolita”. A obra é a mesma, as capas vão mudando.

Para assinalar os 60 anos de “Lolita”, veja esta fotogaleria com 60 capas da obra. Três são portuguesas — de 1974, 1987 e 2000.

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