O desemprego registado no final do mês de setembro baixou 12,6% em termos homólogos (em relação ao mesmo mês do ano anterior), segundo as estatísticas divulgadas esta segunda-feira pelo Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP) na internet.

No final de setembro, o desemprego, relativo a pessoas sem emprego, “imediatamente disponíveis para trabalhar e com capacidade de trabalho”, afetava 538.713 indivíduos, menos 77.909 do que há um ano.

Já em comparação com o mês anterior, o número total de desempregados registados no IEFP aumentou 0,4% (mais 2.132 inscritos).

O principal motivo da inscrição dos desempregados, adianta o IEFP, é o “fim do trabalho não permanente” (44,1%), seguido pela categoria “ex-estudantes” (12,6%) e pelo motivo “despedido”, com 7,9%.

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O documento do IEFP, designado “Informação Mensal do Mercado de Emprego”, é de natureza estatística, pelo que não explica as variações ocorridas.

O IEFP, porém, especifica que a diminuição do número de inscritos nos centros de emprego foi generalizada nos setores da economia: primário (4,2%), secundário (19,0%) e terciário (11,4%).

De forma ainda mais pormenorizada, adianta-se que “as descidas percentuais mais acentuadas verificaram-se na ‘fabricação de outros produtos minerais não metálicos’ (24,1%), ‘construção’ (22,4%) e no ‘comércio, manutenção, reparação de veículos automóveis e motociclos (21,9%)'”.

Regionalmente, a descida homóloga no desemprego registado foi mais forte no Algarve (18,4%, para 16.966), seguida por Centro (14,3%, para 72.465) e Lisboa e Vale do Tejo (14,0%, para 159.096). Na região Norte, a descida de 12,0% não impediu que continue a ser a que apresenta o maior número de desempregados (232.848).

Aquela redução homóloga geral em 12,6%, desdobrada por género, foi mais forte nos homens (13,6%, para 253.291), do que nas mulheres (11,7%, para 285.422).

Dos desempregados registados, 87,5% têm mais de 25 anos, sendo que 88,4% procuram um novo emprego.

Por nível de instrução, os escalões mais representados são os que têm o ensino secundário (24,1%) e o 1.º ciclo (20,7%). Excluindo os que não têm nenhum nível de instrução (30.953, equivalentes a 5,7%) são os licenciados os que sofrem menos esta situação, com 14,6% do universo, num total de 78.605.

Porém, de agosto para setembro, foram precisamente nos dois grupos com mais educação formal (secundário e superior) que se concentrou a subida do desemprego em setembro face a agosto. Entre os licenciados, o desemprego subiu 5,3% (3.972), e entre os detentores do secundário 2,0% (2.541).

No que respeita ao tempo de inscrição, os desempregados inscritos há menos de um ano diminuíram 10,5% relativamente a setembro de 2015, e os desempregados de longa duração (tempo de inscrição igual ou superior a um ano) recuaram 14,7%.