À terceira é de vez. Se perdeu a oportunidade de ver a primeira superlua do ano ou a combinação do eclipse de uma superlua, esta é a oportunidade de presenciar o momento em que a Lua cheia coincide (ou quase) com o perigeu – o momento em que a Lua está mais próxima da Terra, a 358.463 quilómetros.

Na verdade, o perigeu aconteceu na segunda-feira às 13h01 (hora de Lisboa) e a Lua cheia na terça-feira às 12h06, segundo o Observatório Astronómico da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa (OAL/FCUL). Mas com um desfasamento de menos de 24 horas, quando a Lua nascer 18h03 de dia 27 continuará a parecer maior.

“A Lua vai parecer maior do que o habitual, não apenas devido à ocorrência de superlua, mas também porque estando próxima do horizonte vê-se mais ampliada, o que é apenas uma ilusão de óptica. No dia seguinte, dia 28, a Lua nasce às 18h49 e continuará a parecer maior do que o habitual”, lê-se no site do OAL.

É certo que a Lua estará maior do que o normal, porque está mais próxima da Terra, mas sempre que vemos a Lua nascer no horizonte o nosso cérebro prega-os uma partida. A luz que a Lua recebe do Sol e reenvia para a Terra tem de atravessar a atmosfera. A forma como a atmosfera desvia a luz (refração), especialmente quando a Lua está próxima do horizonte, faz com que o satélite natural da Terra pareça menos alta do que realmente é.

Como a Lua, que deveria parecer redonda, aparece como sendo mais larga do que alta, temos a sensação que está maior no horizonte. À medida que sobe no horizonte o ângulo de incidência da luz na atmosfera varia e a ilusão de ótica esbate-se.

Lua 27 setembro_OAL

Imagens da Lua no dia 27 de setembro. À medida que sobe no céu a proporção entre largura e altura vai variando, pelo efeito da refração na atmosfera – OAL/FCUL

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