É uma espécie de guia do prazer, sentido a sentido. No El Mundo, a sexóloga espanhola Ana Sierra explica como cada sentido (visão, audição, gosto, olfato e tato) deve ser usado como estímulo de prazer nas relações sexuais. Mais importante: lembra como é importante não se esquecer que tem cinco sentidos que podem ser usados ao máximo.

 

Audição

Os sons e as palavras também podem ser estimulantes particularmente eficazes – sobretudo para as mulheres, diz a especialista. Isto é, a audição é um dos sentidos que pode induzir estados de excitação mental – e, consequentemente, também de excitação física.

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A sugestão da sexóloga Ana Sierra? “Escute o erotismo da palavra, o sussurro, o segredo, a intenção, o silêncio”. Convém utilizar com cuidado as palavras e os sons que se emite, portanto: pode ser a diferença entre uma relação sexual mais ou menos estimulante.

Gosto

Bom, este é talvez o mais previsível e fácil de compreender: o gosto é um dos sentidos com mais potencial para a excitação sexual. O que significa isto? Que os sabores poderão ter um papel chave a desempenhar no sucesso de uma relação. Não se compraz com a degustação de uma iguaria gastronómica? Aí tem uma prova da importância do gosto.

Há, portanto, todo um potencial a explorar na utilização deste sentido para a excitação entre pares. Basta ser criativo.

Olfato

E os cheiros? Bom, claro que influenciam no prazer sexual. Vamos ao exemplo mais evidente: se conversar com alguém e o seu cheiro, digamos, o incomodar, isso terá sempre um efeito negativo – pode até perder-se a química entre dois potenciais parceiros. E com isso estragar-se tudo.

Mas há outros cheiros menos habituais, a que noutros contextos torceríamos o nariz, e que em momentos especiais nos podem estimular. A sexóloga explica: suamos feromonas, isto é, substâncias químicas implícitas na atração e desejo sexual. Embora por vezes não as consigamos detetar conscientemente, explica, o nosso cérebro deteta-as, e interferem nas nossas escolhas de parceiros. Portanto, já sabe: o seu odor natural pode ser mais compatível com alguns narizes do que com outros. Mas lá por isso não deixe de se preocupar com o assunto, que há odores que (quase) ninguém suporta.

Visão 

Costumamos dizer que temos de “ver para crer”, mas a sexóloga Ana Sierra bem podia transformar esta expressão numa outra: “ver é prazer”. A visão, diz, tem o potencial de aumentar o estado de excitação sexual. E afirma mais: que alguns estudos sugerem mesmo que este sentido é especialmente utilizado pelos homens como fonte de prazer, ao contrário das mulheres, que são mais estimuladas pela audição.

Exemplos? Ver pessoas beijando-se na rua é muitas vezes, indica, um prazer para algumas pessoas, que vendo os atos amorosos ou sexuais dos outros (ou, pura e simplesmente, vendo pessoas que considerem especialmente atraentes) se veem envolvidos num estado de excitação.

Tato

Também no tato há um potencial imenso para explorar na estimulação sexual dos parceiros: havendo vontade e imaginação, e compreendendo devidamente os desejos interiores dos parceiros, o toque pode ser pensado de várias formas e feitios. Sempre com o mesmo objetivo: ter prazer próprio e dar prazer ao outro.