Momentos-chave
Histórico de atualizações
  • Conselho de Ministros debateu programa de Governo

    “O Conselho de Ministros esteve reunido para preparação da proposta do programa de Governo a apresentar à Assembleia da República”. Em duas linhas, este é o comunicado da primeira reunião do Conselho de Ministros do novo Governo de Passos. O programa de Governo será aprovado na reunião da próxima quinta-feira.

  • Passos prepara congresso para depois das presidenciais. Recandidatura a caminho

    O primeiro-ministro está já a preparar o futuro político e a ponderar recandidatura. Sabendo que Costa está firme na decisão de o derrubar, Passos quer ficar na oposição para liderar a ofensiva. Saiba como, aqui

  • Troca de cargos na direção do PS

    O PS fez uma recomposição de pelouros na direção. João Galamba é o novo responsável pela comunicação, substituindo Porfírio Silva, que assume a coordenação das relações internacionais. Galamba, de 39 anos, é economista, e é deputado. Porfírio Silva, 54 anos, é mestre em Filosofia e doutorado em Epistemologia e Filosofia das Ciências. Foi eleito deputado pela primeira vez nesta legislatura.

    Laurentino Dias, por seu lado, vai ser o novo chefe de gabinete do grupo parlamentar do Partido Socialista na Assembleia da República.

  • Marco António Costa: "Não é possível nós pactuarmos ou alimentarmos um governo" de esquerda

    Em entrevista à TSF, o porta-voz e vice-presidente do PSD fez questão de deixar um aviso claro às hostes socialistas: se o PS decidir ir para a frente com a ideia de derrubar o Governo “democraticamente eleito” da coligação Portugal à Frente, então não contem com eles para apoiarem o Executivo socialista no futuro. “Não é possível nós pactuarmos ou alimentarmos um Governo nestas circunstâncias“, começou por dizer Marco António Costa, antes de acrescentar: se o PS tem alimentado este “este longo namoro” com o Partido Comunista, “quando casar será um casamento para a vida”.

    Entre linhas, Marco António Costa deixou a promessa de vender cara a moção de rejeição já anunciada pelos socialistas. A coligação pode estar a preparar um programa de Governo com algumas bandeiras programáticas do PS. Desde logo, a devolução mais rápida da sobretaxa, espaço para negociar o aumento do salário mínimo e, como já estava previsto no programa da coligação, o aumento do abono de família e a reposição do CSI. Foram estes os possíveis “pontos de aproximação” ao PS deixados pelo porta-voz do PSD na entrevista à TSF.

  • Aguiar-Branco: "Por muitas contas que se façam três derrotados somados não dão um vencedor"

    José Pedro Aguiar-Branco foi, esta sexta-feira, reconduzido no cargo de ministro da Defesa. No Facebook, o social-democrata revelou o “enorme orgulho” de integrar o novo Governo liderado por Passos Coelho, mas criticou a “conspiração de secretaria que temos assistido nas últimas semanas”. Uma conspiração protagonizada por “três partidos derrotados nas eleições que se juntam e cujo único acordo conhecido é votar contra um programa que nem sequer conhecem”. “Por muitas contas que se façam três derrotados somados não dão um vencedor“, acusou Aguiar-Branco.

    ABR

  • Miguel Tiago (PCP): Cavaco foi "o homem que mais vendeu a nossa pátria e dignidade"

    Ainda reações ao discurso de Cavaco Silva. No Facebook, Miguel Tiago, deputado do PCP, teceu duras críticas ao Presidente da República, que, acusa, foi “ohomem que mais vendeu a nossa pátria e dignidade”. 

    “Ouvir ‘superior interesse nacional’ da boca do homem que mais vendeu a nossa pátria e dignidade é uma provocação que será respondida ao inscrever o seu nome na lista dos traidores chamados a pagar pelo dinheiro e pelos direitos que nos roubaram”, criticou o comunista.

    MT

  • PAN só decide voto depois de ver programa da coligação

    O deputado do PAN, novo na AR, não decidiu ainda como votará o programa de Governo da coligação. Só depois de termos documentos à frente é que podemos, de forma sensata, com calma, fazer uma tomada de posição política”, disse aos jornalistas. Mas mostra preocupação com a exigência do Presidente de o futuro Governo participar nas negociações do Tratado UE-EUA.

  • PS até concorda com alguns pontos do discurso de Cavaco e garante que conversas à esquerda correm bem

    O líder parlamentar do PS até concordou com alguns pontos do discurso do Presidente da República, ironicamente ou não, Carlos César disse que o PS garante o cumprimento dos compromissos europeus e internacionais uma vez que o acordo de esquerda será “o programa do PS a que se podem adicionar” medidas do PCP e do BE. Aos jornalistas, Carlos César garantiu que as conversas à esquerda “estão a caminhar bem” e que “muito em breve” haverá condições de estabilidade em Portugal. O diálogo à esquerda “será conclusivo quando for finalizado”, disse quando questionado sobre as palavras de Jerónimo de Sousa.

    Se já antes o deputado João Galamba tinha dito que o discurso de Cavaco Silva tinha sido “menos crispado”, Carlos César seguiu na mesma bitola. A reação às palavras do chefe de Estado não foram em tom bélico, nem com acusações. O socialista limitou-se a responder a Cavaco dizendo que perante “a incapacidade para fazerem uma maioria parlamentar”, o PS trabalha numa alternativa. Porque “sem estabilidade não se tem governabilidade”.

    César desvalorizou ainda as declarações de Jerónimo de Sousa ontem à noite em entrevista à SIC onde admitiu que o PCP não respeita o Tratado Orçamental, dizendo que é normal que os partidos “tenham opinião”, outra é apoiarem um Governo que as respeite. E que o que é importante é que ao nível dos compromissos, será “o programa do PS a que se possam adicionar” algumas medidas. 

    Mas o líder do PCP também tinha dito à tarde que as reuniões “têm sido inconclusivas”. César disse desconhecer as palavras do secretário-geral do PCP e rematou: o diálogo à esquerda “será conclusivo quando for finalizado”.

    Já sobre a moção de rejeição, César garantiu que essa “rejeição estará sempre associada à existência de uma alternativa”.

  • PCP diz que Passos está a apontar culpas pelo fracasso do próprio Governo e critica Cavaco

    O líder parlamentar do PCP diz que com os discursos de hoje da tomada de posse, o primeiro-ministro começou a “apontar a responsabilização” pelo seu fracasso e que o Presidente o que fez foi “desmontar” os argumentos da coligação PSD/CDS.

    Para os comunistas, o Presidente da República, ao apontar os compromissos concretos que quer ver respeitados para assegurar a durabilidade de um Governo é “procurar uma discussão política alheada da realidade”, disse João Oliveira.

    Já quanto ao discurso do primeiro-ministro, João Oliveira acredita que “a propaganda que o governo PSD/CDS andaram a vender afinal é uma propaganda mentirosa e por outro lado uma ideia de que perante séria probabilidade do fracasso, Passos Coelho começa já apontar para a responsabilização de outros o fracasso do seu próprio governo”.

    Já sobre as negociações com o PS, o deputado diz que “das mais variadas maneiras” se tem tentado mostrar a instabilidade nas negociações à esquerda, mas que isso não acontece: as conversas continuam “sem instabilidade nenhuma sem perturbação nenhuma”, afirmou. João Oliveira garantiu ainda que o PCP não esconde as divergências que tem com os socialistas, mas que o partido tem contribuído para uma discussão sobre as políticas que interessam às pessoas.

  • Eanes: o conflito em democracia é normal

    O ex-PR Ramalho Eanes disse hoje ver o que se está a passar com “muita preocupação”, não pela situação em si, mas “pelas posições dos agentes políticos que têm crispado esta situação – desnecessariamente. Em democracia é um regime de funcionamento institucional, que utiliza tempos – e isso é importante”, acrescentou o ex-chefe de Estado.

    Eanes salientou que a democracia é um regime político do qual fazem parte o conflito de ideias, de interesses, “um conflito permanente”, mas “contido, tolerante, civil, porque não utiliza armas, utiliza os tribunais e o voto”. “Se a democracia é isto, eu olho para a situação e digo que é uma situação democrática normal. De alguma tensão, de alguma perturbação mas isso faz parte”, afirmou, em declarações aos jornalistas, à margem de um almoço em que foi homenageado como antigo diretor da RTP.

  • Pires de Lima: "Um momento de esperança não pode ser desperdiçado".

    Pires de Lima à saída da Ajuda: “Espero que Portugal possa consolidar o trabalho extraordinário de todos os portugueses, ao longo dos últimos 4 anos e meio. E um momento de esperança não pode ser desperdiçado”.

  • Bloco: "Não cabe ao PR aprovar ou condicionar o programa de Governo"

    Marisa Matias, do Bloco, reage em Bruxelas:

    “O Presidente tem toda a legitimidade formal e política para dar posse a Passos Coelho. Mas aproveitou para fazer um louvor ao governo cessante.

    Não cabe ao PR aprovar ou condicionar o programa de Governo – e foi isso que vimos hoje.

    Cabe ao PR nomear, mas não decidir sobre a aprovação ou rejeição. Isso cabe à Assembleia”.

  • Nuno Magalhães (CDS): "Não há alternativa, é destruição pura"

    Agora fala Nuno Magalhães, líder parlamentar do CDS.

    “Há sempre condições para diálogo e compromisso. Mas são sempre precisos dois” para um acordo.

    E o Governo ainda pode não ser derrubado? “Até isso acontecer, acredito”. “Diziam que haviam uma reuniõezinhas e, afinal, ontem ouvimos um dos líderes dessa troika [PS-PCP e BE] dizer que não havia acordo nenhum, que não ia cumprir regras europeias e que nem na moção de rejeição se entendem. Isto não é alternativa, é destruição pura”. 

  • PS saúda discurso "mais cordato" do Presidente

    João Galamba fala pelo PS: “O meu partido já deixou clara a sua posição. Não farei qualquer declaração sobre isso, veremos no tempo certo [haver ou não uma moção de rejeição comum ao PS, PCP e BE]. Queria apenas saudar, registar uma redução significativa do seu discurso anterior. Isso é bom para todos. Foi um discurso cordato e de acordo com as regras.”

    Os compromissos pedidos pelo Presidente, disse Galamba, “são para nós [PS] inegociáveis”. E “pela primeira vez à esquerda” houve disponibilidade para negociar apesar das diferenças nesses pontos.

  • Luis Montenegro (PSD): O PS, infelizmente, decidiu uma aproximação à extrema-esquerda

    A reação do líder parlamentar do PSD, reagiu à saída do Palácio da Ajuda.

    “O PS estava afinal muito mais interessado em negociar com o PCP e BE, simulou apenas uma negociação com a coligação, isso é inequívoco. O PS, infelizmente, decidiu trilhar um caminho de aproximação à extrema-esquerda. Mas continuamos a dizer que os partidos poderão encontrar no PSD e CDS as bases para entendimentos”. PSD e CDS vão dar “alguma aproximação” às ideias do PS, no programa de Governo.

    “Se houver derrube do Governo, todos terão de assumir as suas responsabilidades. Não só um eventual apoio a novo Governo, também com o que tem a ver com um aumento do desemprego, decréscimo da atividade económica.” 

  • A cerimónia da tomada de posse termina neste momento, mas nós continuaremos a dar por aqui as reações aos discursos e apontamentos de reportagem.

  • "Todos devem assumir as suas responsabilidades", diz Passos

    O primeiro-ministro insiste que o Governo vai lutar pelos mais desfavorecidos e por aqueles que “sentem dificuldades”. Perante isto, termina dizendo: “Todos devem assumir as suas responsabilidades perante os portugueses, perante a nossa história e perante o nosso futuro. Todos – na política, na sociedade civil e na economia – são chamados a cumprir o seu dever. Um dever fundamental para com os seus concidadãos, que esperam de nos que estejamos à altura das tarefas que nos aguardam”.

  • Este executivo terá como principais objetivos o combate às desigualdades e pretende implementar “uma nova fase da modernização administrativa”, disse o primeiro-ministro.

  • "Ninguém deve arriscar o bem-estar dos portugueses em nome de agenda ideológica"

    Passos faz agora um duro aviso: “Ninguém deve arriscar o bem-estar dos portugueses em nome de agenda ideológica”. O primeiro-ministro referia-se à necessidade de assumir os compromissos internacionais, nomeadamente com a União Europeia e com a união económica e monetária, ou seja, o Tratado Orçamental. “Não há ilusão política que possa disfarçar este imperativo”, sublinhou Pedro Passos Coelho dirigindo-se ao entendimento que está a ser preparado entre o PS e as restantes forças à esquerda.

  • Passos garante que vai manter programa, mas que vai "mostrar abertura" para negociação

    É a segunda vez que o faz neste discurso: diz o primeiro-ministro que vai manter as bases do seu programa, que foi sufragado pelos portugueses, mas que o mesmo não é dizer que não vai “mostrar abertura” para a negociação.

    “Sem desvirtuar a matriz de valores que sustenta o programa sufragado pelos eleitores, o Governo agora empossado tem ainda o encargo, com humildade, de mostrar abertura ao compromisso leal e responsável que os portugueses também apontaram como propósito indispensável a assumir por todos os agentes políticos, sociais e económicos para a conformação das políticas públicas”.

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