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  • E é tudo do Sporting-Estoril.

    Eu despeço-me, foi novamente um prazer tê-lo desse lado, mas relembro-lhe que, para a semana, há Liga dos Campeões e Liga Europa. E nós, aqui no Observador, como sempre, vamos contar-lhe o que por lá se passar, lance por lance, em LiveBlog.

    Até mais! 

  • Resumo do jogo

    A primeira e a segunda parte foram o oposto uma da outra. Não para o Sporting, que foi sempre o dono e senhor da bola, mas para o Estoril.

    Os canarinhos estão, apesar de tudo, confortáveis na tabela. Entraram no relvado do José Alvalade sem ponta-de-lança, mas os extremos de serviço, Gerso e Dieguinho, sem se darem à marcação, atrapalharam as marcações na defesa do Sporting.

    João Pereira e Jefferson, mais o português que o brasileiro, vão ter pesadelos com Gerso nos próximos dias. É que de cada de vez que ele se desmarcava na ala (e era sempre desmarcado, diga-se, por Bruno César ou por Chaparro), era um vê se te avias para eles.

    Isto foi o Estoril na primeira metade: pouca bola, muito Gerso e Taira q.b. para destruir o que João Mário e Bryan Ruiz, os pensadores do Sporting, tentavam construir.

    O Sporting tinha a redondinha do seu lado. Sempre. O Estoril mal a via. Mas há uma diferença significativa entre ter a bola e saber o que fazer com ela. É que, quando chegava a hora de rematar à baliza, alguma coisa falhava: ou era o último passe, ou era a direção — e perigo, não fosse Slimani uma ou outra vez a cabecear, nem vê-lo. 

    Na segunda parte tudo se alterou. O Estoril ficou-se sem as pilhas. Não vacilou a defender, mas deixou de agitar com o jogo em contra-ataque. E quanto mais Fabiano Soares mexia, mais o Estoril recuava.

    O Sporting voltou a ter a companhia de quem mais gosta, da bola, mas, desta feita, sabia o que fazer com ela. Jesus explicou na flash interview que, ao intervalo, disse aos seus jogadores como se posicionarem face às movimentações de Bruno César e Chaparro — que eram os tampões na hora do Sporting construir e os desbloqueadores na hora do Estoril avançar.

    Dito e feito. O Estoril desapareceu, o Sporting chegou à baliza, teve mais oportunidades, mas não marcava com a bola a rolar. Marcou com ela parada, na marca dos 11 metros. O penálti existiu. Taira tocou mesmo em Teó na área. O que também existiu foi o fora-de-jogo do colombiano, instantes antes, que o árbitro assistente não viu.

    Até final, sobretudo por Bryan Ruiz e Montero, o Sporting voltou a poder aumentar o placard. Não o fez. O Estoril ainda pressionou no fim, os adeptos desassossegaram-se, mas William, sempre sereno, acalmou os seus, pausou o jogo quando tinha de pausar, acelerou-o quando tinha de acelerar, e o Sporting venceu mesmo. 

    O leão é líder isolado. O FC Porto está a cinco pontos e o Benfica a oito. É provisório — ou à condição, como se lhe queira chamar –, mas é coisa que, provisória ou não, não se vive todos os dias em Alvalade.  

  • Por fim, Fabiano Soares, o treinador do Estoril: “Quando o Sporting embala, é complicado. Tivemos que sofrer, mas também tivemos oportunidades para marcar. Não conseguimos. Espero conseguir os pontos necessários para ficar na Liga e depois pensar na Europa. O golo do Sporting? Toda a gente viu o que aconteceu. É difícil perder assim.”

  • Eis Jorge Jesus, que cumprimentou, carinhosamente, Bruno César na flash interview: “Houve períodos de jogo complicados. O Estoril criou-nos imensas dificuldades. Na segunda parte emendámos os posicionamentos e tivemos mais oportunidades. A eficácia não esteve tão presente como nos últimos jogos. Mas estamos muito fortes defensivamente e voltámos a não sofrer golos.”

  • É a vez do “chuta-chuta”, Bruno César: “Entrámos melhor que eles [, Sporting]. Mostra-mos a força do Estoril. Na segunda parte caímos um pouco, é verdade. Jogar contra o Jorge Jesus é difícil. Aprendi muito com ele no Benfica.”

  • Primeiro, fala William Carvalho, o capitão do Sporting esta noite: “Entrámos bem. Tivemos muita posse de bola. Mas no último terço não tivemos muitas oportunidades. Na segunda parte cansamos o adversário e merecemos a vitória. O último jogo valeu três pontos e este valeu três pontos. Mas queremos manter o primeiro lugar. Falta muito até final.”

  • Fim de jogo! O Sporting vence (1-0) o Estoril no José Alvalade. Antes de fazer o resumo do jogo, trago-lhe, já, já, as declarações na flash interview

  • Entra Bruno Paulista e sai Slimani. O Estoril estava a espevitar-se e Jesus resolveu ganhar tempo. O árbitro deu 4′ de compensação. 

  • Era o golo do ano! Bruno César estava sem ângulo, ligeiramente descaído para a esquerda, mas ainda longe da área.

    O Sporting tinha começado a recuar. Os adeptos não gostavam.

    O “chuta-chuta” aproveitou o embalo e, como está bom de ver, chutou mesmo. O remate ia ao ângulo. Patrício, todo esticado no ar, não chegaria. 

  • Que bomba! Foi Jefferson de livre. Chamavam-lhe o “Roberto Carlos da Amoreira”. É que foi precisamente quando jogava no Estoril que os tiraços saídos daquela canhota se começaram a notabilizar. O livre só podia ser marcado por ele. Montero também lá andava, mas só para distrair. Jefferson recuou, recuou, começou a correr, e atirou em direção ao lugar onde dorme a coruja. Kieszek só teve tempo para dar um soco na bola. Que reflexos!  

  • O “chuta-chuta” é Bruno César. Mas a Freddy Montero, do lado do Sporting, também não lhe cai nada mal o epíteto. O colombiano viu-se, ligeiramente descaído para a esquerda, com a baliza de Kieszek em mira. Deu um passo com a bola, tirou as medidas à distância, encheu o pé sem que ninguém o pressionasse, e rematou para golo. E só não foi golo porque o guarda-redes polaco do Estoril, todo esticado, foi buscar a bola rentinha ao poste. Que defesa! 

  • O Estoril faz lembrar, metaforicamente, aquelas crianças a quem a mãe diz no restaurante, vezes e vezes sem conta, para não comer tanto pão com manteiga antes de chegar o prato principal. A criança comeu, empanturrou-se, e nem tocou no bitoque.

    O Estoril tanto correu na primeira parte, tanto pressionou — às vezes com mais “gula” que tino –, que tinha que estourar, mais cedo ou mais tarde. É verdade que Gerso podia ter marcado. Mas também é verdade que agora, desde o recomeço, que não se lhe vê uma só aceleração.

    E o Sporting, que controlou na primeira parte, agora controla, mas controla com mais perigo, mais remates e mais certeza.

    Mas honra lhes seja feita: mesmo visivelmente cansados, os jogadores do Estoril recusam-se a defender com todos, como tantas vezes se vê (raramente ao Estoril, é verdade) em Alvalade, na Luz ou no Dragão. E não só as equipas de meio da tabela que o fazem. 

  • Que perigo! Bryan Ruiz é um feiticeiro com a bola na canhota. Mas só quando quer. E agora quis. Passou, a passo, sem acelerar muito, por Mano, chegou à linha, já dentro da área, e cruzou. Kieszek conseguiu desvia, mas desviou para Jefferson, que se vinha a chegar à área. O remate, com a baliza escancarada, foi ao lado. Um palmo ao lado. 

  • Colombiano por colombiano. Sai Teó e entra Montero. 

  • O golo foi limpinho, como diria Jesus. A bola que Teó bateu foi para a direita e Kieszek para a esquerda. O lance que deu penálti é que é mais, como dizer-lhe?, discutível. É que se é verdade que Teó sofreu um toque de Taira na área, quando o driblou. Também é verdade que, vistas e revistas as imagens na TV, dá a ideia que o colombiano está em fora-de-jogo na altura em que recebeu o passe. Seja como for, o Sporting, que entrou ainda mais dominador no segundo tempo, e com as pilhas dos Estoril a dar sinais de fraqueza, merece estar na frente. 

  • Aí está! 1-0 para o Sporting

    Marca Teó, de penalti. É o terceiro golo do colombiano na Liga. 

  • Penalti em Alvalade!

    Falta de Taira sobre Teó na área. 

  • Uiiiiiiiiii, o que Bryan Ruiz acaba de falhar. Como dizia o saudoso Jorge Perestrelo: até eu, com a minha barriguinha, chegava e faturava! João Pereira, sem Mano a pressioná-lo, cruzou da direita para a área. A bola escapou as centrais, escapou a Kieszek, e ia na direção de Teó, que também não chegou à bola. Quem chegou (vinha nas costas do colombinano) foi Bryan. Estava sozinho, ao segundo poste, com a baliza escancarada, encostou a canhota na bola, mas esta subiu, subiu tanto!, que foi parar à bancada. 

  • Recomeça o jogo. Sai o Sporting com a bola… 

  • O resumo da primeira parte

    O Sporting é líder e goleou o Benfica no passado domingo. E isso até podia atemorizar o Estoril. Os canarinhos podiam entrar com mais um central, com um meio-campo defensivo reforçado, podiam estacionar o autocarro — usando de uma expressão de Mourinho celebrizou. Mas não. O onze de Fabiano Freitas não é defensivo. De todo. É verdade que não tem um ponta-de-lança fixo. Mas essa ausência até tem contribuído para baralhar as marcações. É que se a defender o Estoril tem cinco jogadores a meio-campo, na hora de contra-atacar, só ficam lá dois, Taira e Banaco, e aos solitários da dianteira, Gerso e Dieguinho, rapidamente se lhes junta o “chuta-chuta” Bruno César e o “10” Chaparro. Gerso, sobretudo ele, tem sido uma dor de cabeça, tanto para João Pereira, à direita, como para Jefferson, à esquerda. Quando ele põe uma mudança a baixo, não há quem lhe pare a motoreta. 

    O Sporting não está a jogar mal. Longe disse. É verdade quem sido surpreendido nos contra-ataques velozes do Estoril, mas também é verdade que os canarinhos mal tocam na bola. Os números falam por si: 74% de posse. O Sporting também rematou ligeiramente mais. Mas nem de um nem de outro lado os remates têm sido perigosos ou com direção. William, como sempre, é dono e senhor do meio-campo dele e do dos outros. Os laterais, a contas com um Gerso pela frente, pouco ou nada têm subido. João Mário, sempre com Taira ou Babanco em cima, a respirarem-lhe no cangote, mal se consegue mexer, quanto mais ter bola. Bryan e Téo também mal se viram. Slimani, ele sim, tem recuado para tabelar, tem rematado, sobretudo de cabeça, na área, e tem sido um mouro de trabalho. Cansa só de ver.

    A segunda metade, se for tão disputada quanto a primeira, em que quase não houve paragens, quase não houve faltas, e o jogo foi escorreito e renhido, valerá a pena ficar por aí.  

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