A unidade norte-americana da Volkswagen conseguiu evitar uma descida das vendas em outubro, o primeiro mês completo desde que rebentou o escândalo das emissões poluentes nos motores diesel. Em comparação com outubro de 2014, o número total de unidades vendidas naquele país aumentou 0,24%, uma variação que, apesar de positiva, ficou abaixo das marcas concorrentes. Além disso, os números dizem respeito às unidades vendidas, não refletindo os descontos e promoções que a marca decidiu fazer para amortecer o impacto da crise.

Os números das vendas nos EUA em outubro foram divulgados nesta terça-feira pela Volkswagen. Foram vendidos nos EUA 30.387 veículos, um pouco mais do que os 30.313 veículos vendidos em outubro de 2014. Até ao final do mês passado, contudo, a marca vendeu menos 2,19% unidades (um total de 294.602 carros que compara com os 301.187 vendidos nos primeiros 10 meses de 2014). Os dados referem-se apenas aos modelos da marca Volkswagen, e não a todas as marcas do grupo.

“Gostaríamos, uma vez mais, de agradecer aos clientes pela sua paciência e lealdade”, escreveu Mark McNabb, chief operating officer da Volkswagen America. “A Volkswagen está empenhada em corrigir as coisas e trabalhar ativamente para restabelecer a confiança”, acrescentou o responsável, citado no comunicado de imprensa da marca.

Contudo, segundo o Financial Times, o aumento magro nas vendas (que, ainda assim, superou a queda temida pelos analistas) não compara favoravelmente com o aumento das vendas sinalizado por outras marcas concorrentes, com a General Motors, Ford e Fiat Chrysler. Isso faz com que os dados, ainda que revelem uma subida inesperada das vendas, indicam que a marca alemã já estará a sentir o efeito do escândalo.

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