O lucro da NOS subiu 17,8% nos primeiros nove meses, face a igual período de 2014, para 73,5 milhões de euros, e aumentou 39,8% no terceiro trimestre, anunciou hoje a operadora de telecomunicações.

Em comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), a NOS destaca que entre janeiro e setembro as receitas de exploração aumentaram 3,7% para 1.067 milhões de euros, com as relativas às telecomunicações a progredirem 2,8% para 1.013 milhões de euros.

O resultado antes de juros, impostos, amortizações e depreciações (EBITDA) da operadora resultante da fusão entre a Zon e a Optimus avançou 3,5% nos primeiros nove meses do ano para 409,8 milhões de euros, embora a margem tenha recuado 0,2 pontos percentuais para 38,4%.

No terceiro trimestre do ano, o resultado líquido da NOS foi de 26,2 milhões de euros, uma subida de 39,8% face ao período homólogo de 2014, enquanto as receitas de exploração avançaram 5,8% para 367,9 milhões de euros.

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As receitas de telecomunicações aumentaram 4,6% para 347,6 milhões de euros.

“O incremento das receitas foi ainda impulsionado pelo crescimento do contributo da divisão de cinemas em 31,9% para 16,9 milhões e do negócio de audiovisuais em 30% para 18,2 milhões”, refere a empresa.

O EBITDA progrediu 7,5% para 143,5 milhões de euros, com a margem a subir 0,6 pontos percentuais para 39% no trimestre.

“Na divisão de telecomunicações o crescimento do EBITDA foi igualmente positivo com um incremento de 4,8% para 129,8 milhões”, aponta.

“A NOS continuou a registar no terceiro trimestre um fortíssimo crescimento, com um excecional desempenho operacional e financeiro, tendo ultrapassado pela primeira vez a barreira dos quatro milhões de serviços móveis e apresentado crescimentos em todas as áreas de negócio, ganhos de quota de mercado e consolidando a sua posição competitiva de operador global”, refere a empresa, no comunicado.

Entre julho e setembro, “a empresa aumentou o seu investimento em 13,1% para 97,9 milhões de euros, reforçando desta forma o compromisso de disponibilizar aos portugueses as melhores redes de última geração e de ser um motor de inovação em Portugal”, acrescenta.

Para o presidente executivo da NOS, Miguel Almeida, os resultados do terceiro trimestre consolidam “de forma muito significativa os fortes crescimentos registados nos trimestres anteriores, com a adição de mais de 247 mil serviços, e com todas as linhas de negócio a apresentarem um excelente desempenho”.

Miguel Almeida destaca ainda o desempenho da área financeira da operadora, “com crescimentos substanciais nas receitas, no EBITDA e no resultado líquido, mantendo ainda o investimento a níveis significativos”.

No terceiro trimestre, o investimento (CAPEX total) foi de 97,9 milhões de euros, “um valor superior (13,1%) ao verificado no período homólogo devido, sobretudo, ao plano de expansão de rede e à aceleração do crescimento comercial”.

O número de serviços registou uma adição líquida de 247,1 mil, atingindo 8,3 milhões, enquanto o número de clientes convergentes subiu 83,2% para 555,6 mil.

A base de clientes de televisão paga (por subscrição) subiu 3,6% para 1,522 milhões, em termos homólogos, com adições líquidas de 19,5 mil no terceiro trimestre.

O número de clientes de móvel “atingiu novo recorde, ultrapassando os quatro milhões (4.025,1)”, uma subida de 13,8%, com adições líquidas de 163,9 mil subscritores entre julho e setembro.

Em termos de banda larga fixa, as adições líquidas foram de 38,8 mil clientes no trimestre, atingindo 1,106 milhões, com o acesso à plataforma IRIS a atingir os 825,1 mil clientes, com 41 mil adições líquidas no terceiro trimestre.

Os subscritores de telefone fixo registaram adições líquidas de 22,3 mil clientes para 1,575 milhões.

A NOS continuou a aumentar a cobertura da sua rede fixa de nova geração, subindo o número de casas passadas em cerca de 75 mil.

“O número de lares com cobertura atinge agora 3,543 milhões face aos 3,252 milhões registados no mesmo período do ano passado”, refere.

Na área dos cinemas, a NOS destaca o aumento da venda de bilhetes em 39,1% entre julho e setembro.

A dívida financeira líquida ficou nos 1,051 milhões de euros no final do terceiro trimestre.