No dia da despedida, cerca de uma dúzia de portugueses subiram ao palco da Web Summit, em Dublin, para acompanhar o fundador Paddy Cosgrave naquele que foi o último discurso de boas-vindas. Entre as figuras no palco, destaque para o vice-primeiro-ministro Paulo Portas e Miguel Frasquilho, presidente da AICEP Portugal Global, a quem coube a tarefa de anunciar oficialmente a mudança para a capital portuguesa.

A Paddy Cosgrave, Paulo Porta explicou que “o ecossistema tecnológico está a crescer rapidamente” e que as startups portuguesas estão a ser reconhecidas pelo mundo, referindo o caso do “unicórnio” Farfetch e de startups como a Feedzai, Uniplaces ou Codacy.

Sobre o que os participantes da Web Summit do próximo ano podem esperar de Lisboa, Paulo Portas referiu “um grande entusiasmo, uma grande receção e muito divertimento”. O que vão ter? “Sol, luz, património, boa comida, mar, surf, hospitalidade e pessoas que são muito fluentes em línguas”, referiu.

Afirmando estar “honrado” por Portugal poder receber a Web Summit, o vice-primeiro-ministro admitiu que era “uma grande responsabilidade” e um “grande desafio”, mas que permitiria globalizar ainda mais aquele que é considerado o maior evento de tecnologia e empreendedorismo da Europa.

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Aos jornalistas, Paulo portas referiu que tudo começou com um telegrama que recebeu do embaixador de Portugal na Irlanda e que quando perceberam que havia uma oportunidade de Lisboa competir para ganhar a Web Summit, avançaram.

“Era preciso perceber quais eram as vulnerabilidades dos nossos competidores e as vantagens que podíamos apresentar. Portugal tem boas redes de internet, boas infraestruturas, condições naturais excelente, sol, luz, património, história, surf, oceano, mar, praia, gastronomia, imensa gente fluente em línguas. É um povo de navegadores, uma ponte entre a Europa e a América e África”, referiu. ,

Sobre o facto de os preços dos hotéis poderem disparar – tal como já acontece em Dublin – Paulo Portas disse que vão estar presentes no evento pessoas com rendimentos muito variados e que vai ser preciso alojamento local, hostel, hotéis de charme ou de várias estrelas.

“Aqui as startups têm um metro quadrado durante 24 horas para conseguir financiamento e fazer negócio. Quem tem unhas toca guitarra”, referiu.

Sobre a edição do próximo ano, que decorre entre 8 e 10 de novembro, o vice-primeiro-ministro disse que estão já 300 pessoas confirmadas e que já há reservas feitas em hotéis. Não adiantou quais. A edição deste ano, que encerra esta quinta-feira, contou com uma participação de 42 mil pessoas. Para o próximo ano, esperam-se mais de 50 mil.

A Web Summit acontece em Lisboa em 2016, 2017 e 2018, com possibilidade de mais dois anos, e vai decorrer no MEO Arena e na Feira Internacional de Lisboa (FIL). O investimento para o evento – financiado pelo Turismo de Lisboa, Turismo de Portugal e pela AICEP – é de 1,3 milhões de euros.