A empresa brasileira proprietária do complexo mineiro cujo depósito de resíduos entrou em rutura e provocou um deslizamento de lamas disse esta sexta-feira que os resíduos não são tóxicos. Os resíduos são “inertes” e compostos maioritariamente por sílice, mineral usado no processamento do ferro e “não apresentam nenhum elemento químico que seja prejudicial à saúde”, refere em comunicado a Samarco.

Na quinta-feira, uma rutura num depósito gigante de resíduos do complexo mineiro daquela empresa no estado brasileiro de Minais Gerais provocou uma avalanche de lama que soterrou dezenas de habitações em sete distritos da cidade de Mariana e que provocou, segundo números oficiais, um morto, quatro feridos.

A avalanche afetou também cerca de 500 pessoas que tiveram de ser retiradas dos seus locais de residência. A imprensa, que cita fontes das organizações de socorro, tem noticiado a existência de 17 mortos. Os bombeiros procuram 13 pessoas que foram dadas como desaparecidas na sequência do acidente. Segundo a empresa, foram registadas quatro ruturas em quatro diques de contenção, por razões desconhecidas.

Especialistas em sismologia do Observatório de Brasília e da Universidade de São Paulo informaram que quatro pequenos sismos foram registados quinta-feira naquela região, mas que eram demasiado pequenos para provocar danos.

A Samarco salientou que em julho deste ano foi realizada uma fiscalização e que não foi encontrada nenhuma falha na segurança das barreiras de contenção. A empresa informou também que foram derramados sete milhões de metros cúbicos de resíduos minerais e 55 milhões de metros cúbicos de água.

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