Portugal e Espanha já têm os equipamentos de baixo custo que permitem medir as variações no nível do mar e identificar a aproximação de um tsunami. O Dispositivo Económico para Medição do Nível do Mar (IDSL, na sigla em inglês) foi desenvolvido pelo Centro Comum de Investigação (JRC, na sigla em inglês para Joint Research Center) da Comissão Europeia.

Albufeira e Sagres, em Portugal, Cartagena e Cádis, em Espanha, e em breve mais 16 dispositivos na Grécia, Itália, Líbano, Marrocos, Roménia, Tunísia e Turquia, “para continuar a testar a fiabilidade, durabilidade e qualidade do IDSL”, referiu um comunicado do JRC. A equipa do JRC têm-se dedicado à deteção e alerta precoce em caso de tsunami – já em 2014 andava a testar em Setúbal um sistema de alerta.

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Localização prevista para os dispositivos do Mediterrâneo, que vão medir os níveis do mar – JRC/CE

A existência de dispositivos em vários locais ao longo da costa permite fazer uma monitorização eficaz da formação de tsunamis – as ondas gigantes que se formam depois de um sismo submarino –, “mas até à data o elevado preço de instalação e manutenção destes dispositivos tem obstado a sua utilização em larga escala”, referiu o JRC em comunicado. Agora, a instituição propôs uma solução de baixo custo.

Os sistemas de alerta rápido de tsunamis baseiam-se em redes de observação de sismómetros e estações de medição do nível do mar, que transmitem dados em tempo real aos Centros de Alerta de Tsunamis (CAT) nacionais e regionais. Com base nestas observações, os CAT são capazes de confirmar ou cancelar uma prevenção ou alerta de tsunami, referiu o comunicado.

Os dados do nível do mar são medidos de cinco em cinco segundos e transmitidos aos servidores do JRC através da rede GPRS, ficando assim imediatamente disponíveis para análise. Um site na internet permite visualizar, analisar e descarregar os dados assim que são recebidos.

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