A cimeira euro-africana sobre migrações, que se inicia esta quarta-feira em La Valletta, deve ser o “princípio de um processo” de abordagem prática à crise dos refugiados, segundo fontes comunitárias.

A cimeira – que vai reunir 93 delegações, entre membros da União Europeia, países africanos, Nações Unidas e representantes da sociedade civil e organizações não-governamentais – deverá produzir uma declaração política e um plano de ação com “abordagem prática”.

Na agenda está o debate sobre as causas da migração ilegal, a migração legal e a mobilidade, a proteção internacional e o asilo, a prevenção e a luta contra tráfico de pessoas e os repatriamentos e acordos de readmissão.

A cimeira tratará ainda de financiamento, estando prevista a oficialização de um fundo de emergência de 1,8 mil milhões de euros.

Portugal está representado pelo ministro dos Negócios Estrangeiros, Rui Machete.

Segundo informações da UE, nas reuniões preparatórias desta cimeira houve algumas divergências de pontos de vista, com os países europeus a destacar a segurança de fronteiras e o aumento dos acordos de readmissão, enquanto pela parte de África foi, sobretudo, sublinhada a necessidade de maior cooperação nos processos de mobilidade.

Com a crise económica e financeira, vários Estados-membros têm demonstrado interesse apenas em mão-de-obra especializada, pelo que não deverá resultar qualquer revisão nesta cimeira, excetuando as oportunidades para investigadores e estudantes.

Logo depois desta cimeira sobre migrações, também na capital de Malta, decorrerá uma reunião informal de Chefes de Estado e do Governo da União Europeia.

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