António Costa e Mário Centeno, apontado como o próximo ministro das Finanças de um governo socialista, estiveram esta segunda-feira a almoçar com alguns dos principais banqueiros portugueses, noticia o Diário Económico. O almoço, que decorreu numa sala do hotel Ritz, em Lisboa, não estava incluído na agenda oficial do secretário-geral do PS.

Estiveram no almoço, segundo o Expresso, José de Matos, presidente da CGD, Nuno Amado, presidente do BCP, Fernando Ulrich, presidente do BPI, Eduardo Stock da Cunha, presidente do Novo Banco, e José Carlos Sítima, administrador executivo do Santander Totta, assim como Fernando Faria de Oliveira, presidente da Associação Portuguesa de Bancos (APB). Um dos objetivos do encontro terá sido fazer o ponto de situação da banca portuguesa, nomeadamente o impacto dos testes de stresse do Novo Banco e o processo de venda que o Banco de Portugal quer retomar no início de 2016. Há dois dias, o BCE divulgou os resultados dos testes de stress à banca, tendo identificado a necessidades de capital de 1,4 mil milhões de euros do Novo Banco.

De acordo com o Económico, Costa estará “preocupado” com a saúde do sistema financeiro em termos gerais, e mais concretamente com a questão da venda do Novo Banco e até do próximo Orçamento do Estado para 2016.

Esta não é, contudo, a primeira vez que o líder socialista se reúne com os banqueiros de topo. Nos últimos seis meses António Costa já fez pelo menos três contactos semelhantes: a primeira vez foi em abril, com a direção da APB, sendo que dessa vez a iniciativa terá sido da banca; e a segunda vez foi no início deste mês, altura em que Costa se encontrou com Faria de Oliveira a pedido do líder socialista, para tranquilizar a banca sobre a intenção de o futuro Governo de esquerda vir a dar cumprimento aos compromissos internacionais.

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