Diplomatas dos Estados Unidos, Portugal e União Europeia foram impedidos de entrar esta manhã no Tribunal Provincial de Luanda, onde acontece o julgamento de 17 jovens ativistas angolanos acusados de prepararem uma rebelião, entre eles o luso angolano Luaty Beirão, segundo avança a agência Voz da América.
A publicação relata que o tribunal permitiu apenas a presença de dois familiares por cada réu e os respectivos advogados. Cerca de 30 profissionais da comunicação social, entre jornalistas, fotógrafos e repórteres de imagem, estiveram presentes na sessão esta manhã, mas foram convidados a sair da sala após o almoço, quando o juiz começou a ouvir os réus e ver as evidências. De acordo com aquela agência, a imprensa deverá regressar ao tribunal apenas durante as alegações finais e a leitura da sentença, previstas para sexta-feira.
O ativista Pedrowski Teca denunciou na sua página no Facebook a mudança de horário da sessão e a diminuição no número de assistentes ao julgamento.
Estamos entrando. Agora dizem que só tem 70 lugares e estão a dar prioridade a dois familiares para cada um dos 17 réus.
Posted by Pedrowski Teca on lunes, 16 de noviembre de 2015
O vídeo da Voz da América mostra os ativistas angolanos esta manhã no intervalo do julgamento.
Segundo avançam a agência Lusa e a Voz da América, a Polícia Nacional montou um forte aparato de segurança, sobretudo nas entradas do edifício, onde se concentravam muitos populares e familiares dos arguidos. O escritor angolano José Eduardo Agualusa denunciou, através da sua conta no Facebook, a repressão policial que está a acontecer em frente ao local.
…Jovens democratas pacíficos estão a ser perseguidos e espancados pela polícia (incluindo polícia a cavalo) frente ao tribunal do Benfica, em Luanda, onde está a decorrer o julgamento dos presos políticos...
Posted by José Eduardo Agualusa on lunes, 16 de noviembre de 2015
O julgamento está previsto para decorrer até esta sexta-feira.