É um projeto inovador e, como ele, existem poucos — quase nenhuns — no mundo. Chama-se Urban Algae Folly e é um projeto de arquitetura viva pioneiro em juntar uma cultura de microalgas e o controlo digital dessa cultura, em tempo real.

O projeto foi desenvolvido pelo ateliê londrino “ecoLogicStudio” e esteve presente na Exposição Universal de 2015, em Milão (Itália). Esta semana chegou a Portugal, e é na Praça da República de Braga que funciona, desde esta terça-feira, o novo espaço de ensaio de arquitetura bio-digital do futuro.

Olha-se para a estrutura (na fotogaleria acima) e levantam-se as perguntas da praxe. Para que serve? Como funciona? O Urban Algae Folly é simultaneamente uma estrutura interativa e uma solução inovadora de construção de agricultura urbana integrada. As microalgas são cultivadas com a função no horizonte: purificar o ar. Ou seja, são capazes de transformar o dióxido de carbono (CO2) presente na atmosfera, transformando-o em oxigénio (O2).

A vantagem é que, por dia, as microalgas cultivadas no Urban Algae Folly geram dois quilos de O2. Sim: num dia, esta estrutura produz tanto oxigénio como 25 árvores de grande porte. Espera-se que a cultura se expanda consoante a luz solar que incidir sobre a estrutura, sendo que o controlo é garantido digitalmente.

O projeto tem o apoio da Câmara Municipal de Braga, do Laboratório Ibérico Internacional de Nanotecnologia (INL) e da Fundação Francisco Manuel dos Santos (FFMS). A inauguração contou com a presença do arquiteto Marco Poletto, autor da instalação; de Lars Montelius, diretor do INL; de Nuno Garoupa, presidente da FFMS; e de Ricardo Rio, presidente da autarquia.

Editado por Diogo Queiroz de Andrade.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR