Uma explosão num mercado da cidade de Yola (Nigéria) provocou esta sexta-feira pelo menos 32 mortos e oito dezenas de feridos, noticia a agência Reuters, que cita informações da Cruz Vermelha.

O atentado deu-se num mercado de frutas e vegetais, segundo a iTV. A Al Jaazera afirma que se tratou de um ataque terrorista suicida. Ainda ninguém reivindicou o atentado, mas há suspeitas que tenha sido cometido pelo Boko Haram, um grupo extremista islâmico nigeriano, que desde maio já matou perto de mil pessoas em atentados terroristas.

“A explosão aconteceu no meio de uma multidão, visto que na área [da explosão] há um mercado de gado, um restaurante ao ar livre e uma mesquita”, afirmou um oficial da Cruz Vermelha, Aliyu Maikano, à agência de notícias France-Presse.

Uma testemunha que possui uma loja junto ao local da explosão, Alhaji Ahmed, afirmou que “ajudou a transportar 32 cadáveres até cinco veículos”. Mas as autoridades nigerianas ainda não deram a conhecer o número oficial de vítimas mortais.

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Segundo a Yahoo, uma vítima não identificada afirmou que a explosão se deu logo após as orações do fim do dia, enquanto as pessoas saíam da mesquita para irem jantar.

A explosão terá sido cometida por um bombista suicida, e parece ter as características de anteriores atentados no local, levados a cabo pelo grupo terrorista Boko Haram.

Na passada sexta-feira, o presidente nigeriano Muhammadu Buhari esteve em Yola para condecorar soldados pela coragem demonstrada na luta contra o Boko Haram, e afirmou acreditar que o grupo extremista “está muito perto de ser derrotado”. Buhari pediu ainda aos soldados que “permaneçam vigilantes, alerta e focados para evitar que o Boko Haram se infiltre nas nossas comunidades”.

No mês de novembro ainda não tinha havido qualquer ataque terrorista no país, o que indiciava que a estratégia de contraterrorismo no local estaria a ser bem-sucedida.

Tal como o ISIS, o Boko Haram é um grupo extremista islâmica, que segue de forma estrita as orientações da Sharia, o sistema de leis islâmicos que se baseia em textos religiosos como o Corão e o Hádice. Nos últimos seis anos, os atentados terroristas do Boko Haram provocaram a morte de milhares de pessoas em África.