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  • Nada mais há para lhe contar desta noite de Luxemburgo-Portugal. Foi um prazer, como sempre o é, tê-lo aí desse lado connosco. E não se esqueça que no sábado regressamos às lides de LiveBlog. E em dose dupla: o FC Porto viaja até ao estádio do Angrense e o Sporting recebe o Benfica em Alvalade no dérbi de Lisboa. Até mais!  

  • Resumo do jogo

    A primeira parte não foi famosa. Valeu por Bernardo Silva e Rúben Neves que, num relvado lamacento, aos socalcos, lá conseguiram tratar a bola como ela gosta de ser tratada – nós pés dos outros, portugueses ou luxemburgueses, eram mais os passes transviados e as receções frouxas do que outra coisa.

    Portugal não fez um mau jogo. Mas esteve longe de fazer o “jogo da vida” no Luxemburgo. Fernando Santos pediu-o na antevisão do encontro. Não, não era a final do Europeu. Mas quem não der à perna neste jogos, para ele, Fernando Santos, estará riscado da convocatória e só verá o Europeu pela televisão.

    Bernardo e Rúben, apesar de novatos na Seleção, têm lugar cativo a jogar como jogam. Por outro lado, a jogar como jogaram, Lucas João, na frente, e Luís Neto, na defesa, dificilmente vão a França. O primeiro nem contra o Luxemburgo mostrou serviço na frente. Não chutou, não cabeceou e nem uma tabela (que é coisa que também se pede aos avançados matulões como ele) conseguiu fazer. O que fez foi falhar um golo (escandalosamente!) na primeira parte. Neto, mais suplente que titular com Villas-Boas no Zenit, passou as passinhas do Algarve com Aurélien Joachim. E não era caso para tanto. O rapaz nem é mau de pés, mas tem zero golos em 10 jogos na League One – a terceira divisão inglesa.

    André André disse na flash interview, após o jogo, que jogando mais adiante, pode fazer a diferença nos golos. E fez. Vierinha cruzou bem e André desviou melhor ainda, na área, para o 1-0 com que se foi para intervalo.

    O relvado era um autêntico batatal. Era-o ao minuto um. Piorou com 45′ de pisadelas em cima. Felizmente que Portugal atacou para o lado em que, apesar de lamacento, o relvado não dava sinais de ter sido atacado por uma colónia de toupeiras. Mas nem por isso fez um segundo tempo de encher o olho.

    O melhorizinho foi Guedes. Mais uma vez. O miúdo foi titular contra a Rússia, fez o que os mais rodados nestas andanças não fizeram, e hoje não só correu que se desalmou (ele quer lá saber de só ter 18 anos; Guedes quer ir a França no Verão e ponto final, parágrafo!), como chutou. E chutou com tanta força, que o guarda-redes Joubert só teve tempo de socar a bola para a frente. E tanto correu, Guedes, que chegou primeiro que todos os luxemburgueses ao ressalto, foi derrubado mesmo à entrada da área, e ganhou um livre que não era só perigo, era perigosíssimo.

    E tanto o foi que Nani fez o 2-0, com a calma de quem já tem 29 primaveras (fez hoje anos) de bola às costas. A barreira pulou, a bola passou-lhe por baixo, e o guarda-redes ainda deve estar a pensar como é que aquele remate entrou. Mas entrou. E foi com este resultado que se fechou o placard.

    Portugal venceu, mereceu cada golo – e talvez merecesse uns quantos mais –, mas Fernando Santos ainda deverá precisar de fazer mais experiências em março (altura do próximo jogo de preparação) para escrevinhar a lista final de convocados para o Europeu. É que os jogos contra a Rússia e o Luxemburgo trouxeram-lhe mais incertezas que certezas

  • E agora, o timoneiro. Fernando Santos. “Utilizámos uma equipa nova, mas aproveitámos o meio-campo do FC Porto, que sabe o que faz em campo. A equipa entrou muito bem no jogo. Podia ter feito logo um ou dois golos. Depois, desacelerámos. Não sei porquê. Mas a equipa percebeu que não podia recuar. Este jogo podia ter acabado com um resultado mais dilatado. Na segunda parte entrámos mal, mas melhorámos e fomos construindo oportunidade. O 2-0 é mais do que justo. Mas podíamos ter feito mais três ou quatro. Queremos dedicar esta vitória ao Presidente [recorde-se que Fernando Gomes está internado no Hospital desde o final da manhã, tendo-se sentido mal na concentração da Seleção no Luxemburgo].”

  • André André, que o 1-0: “As coisas têm-me corrido bem. Mas tenho que trabalhar para continuar com este bom momento. Quando jogo mais à frente, chego melhor à área. E se uma bola sobrar ali, tenho que aproveitar. O campo foi difícil, mas praticámos um bom futebol.”

  • Agora é Vieirinha: “Depois da exibição contra a Rússia, tínhamos que demonstrar o nosso valor. O estado do campo não ajudou, mas valeu pela entrega. Capitão? É sempre bom usar a braçadeira e regressar à titularidade. Mas a responsabilidade é de todos. E um pouco mais de quem usa a brincadeira.”

  • Fala o aniversariante Nani na flash interview: “É sempre bom marcar. Mais a mais no dia dos meus anos. Já não é a primeira vez que faço anos num Estágio. Tivemos muitas oportunidades, podíamos ter feito mais golos, mas o estado do campo, com a chuva, estava horrível. O quarto mais internacional de sempre? Está quase. Quero jogar sempre e fazer parte da história do futebol português.” 

  • Trago-lhe já, já a crónica do jogo. 

  • Fim de jogo. À beirinha de soar o apito do árbitro, André André cruzou da direita para o primeiro poste, um cruzamento rasteiro que Nélson Oliveira desviou, mas que Joubert defendeu. Nem tempo houve para recargas. Priiiiiiiiii!

  • João Mário fez tudo bem. Recebeu a bola, esperou que um luxemburguês se chegasse, tirou-lha da frente e deu-a a Gonçalo Guedes, no meio. Gonçalo encheu o pé, saiu de lá um tiraço, mas Joubert defendeu. Só que defendeu para a frente. Guedes, matreiro, foi à disputa do ressalto com Mutsch, chegou primeiro, foi tocado pelas costas, e caiu. Penalti? Não. Livre. E direto. Mesmo à entrada da área. Nani, à Ronaldinho, ameaçou que ia chutar em arco, com força, a barreira pulou, e ele chutou rasteirinho, por baixo dela. Nem foi preciso bater com força na bola. É que o guarda-redes, surpreendido, nem se fez ao remate. 

  • GOLO de Portugal! 2-0

    Marcou Nani, de livre direto. 

  • Somos todos Charlie o tanas! O que os adeptos turcos fizeram só os envergonha. 

    https://twitter.com/bola24pt/status/666724906135064576

  • Na frente, com esta substituição, é ela por ela. Lucas João é mais fixo. Nélson é mais móvel. Mas a verdade é que Nélson está cada vez mais pesadão — não é em peso na balança; e na resposta lenta das pernas, talvez por muitas temporadas em que tem sido mais suplente que titular por onde quer que jogue. Quando à substituição no meio-campo defensivo, saiu um craque e entrou outro. Rúben é mais de construir. William é mais de dominar. O que fazem, fazem-no quase sempre bem.  

  • Fernando Santos continua com as substituições em dose dupla. Entra William Carvalho e sai Rúben Neves. Sai Lucas João e entra Nélson Oliveira. 

  • Ahhh, afinal isto de o Nani ser aniversariante em dia de bola na Selação já é da praxe… 

  • Portugal tem um novo “Zé Gato” nas balizas. Daniel da Mota cruzou da direita, Aurélien Joachim saltou mais alto que Luís Neto, e cabeceou, com força, na direção da baliza. O remate ia lá para dentro. Mas Anthony Lopes, que nem é um portento de alto, pulou qual felídeo, e deu uma sapata na bola, rentinha à barra, para canto. O Luxemburgo esteve perto de empatar.  

  • Falar-se em ascensão meteórica, e perdoe-se-me o chavão, é pouco quando de fala se Guedes: 

  • Quase, quase. Nani apontou um canto à esquerda. Foi um primor. Não tomou balanço, bateu na bola por baixo, uma bancada seca que a fez chegar a rodopiar, tensa, ao primeiro poste. Danilo saltou mais alto que os centrais do Luxemburgo, e cabeceou como ditam as regras do bom cabeceador: de cima para baixo. O problema é que Jonathan Joubert também deve ter andado a ler o mesmo manual que o Danilo, e defendeu para longe. Mas teve que se esticar todo! 

  • O que é que muda com estas duas substituições? Nada. Ou quase nada. Saíram dois alas (ainda que Bernardo tenha sido utilizado mais como construtor de jogo pelo meio do que como ala direito) e entram outros dois. O que é o melhor nisto tudo? É que se Nani faz hoje 29 anos e, mais ano menos ano, acabará por arrumar as botas… Gonçalo Guedes só tem 18 anos. O futuro é dele. E de Bernardo que saiu. E de Rúben Neves que também é teenager. E daquela miudagem que Rui Jorge põe a jogar como gente graúda. Nada mal, hã?…

  • Substituição. E logo a dobrar. Entra Nani, o aniversariante, para o lugar de Bernardo Silva. E entra Gonçalo Guedes, com 18 aninhos apenas, na vez de Rafa. 

  • Como por aqui, no Luxemburgo-Portugal, não se vêem golos de encher o olho… mostro-lhe este, do Inglaterra-França. Marcou Dele Alli… 

    https://twitter.com/bola24pt/status/666719507919020033

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