Novo atentado na Nigéria. Um dia depois de um atentado suicida num mercado em Yola ter provocado a morte de 32 pessoas, outras duas explosões ocorreram em Kano, uma das principais cidades do país. Um responsável da Cruz Vermelha afirmou à Reuters que 12 pessoas morreram, e 66 ficaram feridas.

Segundo a Reuters, duas mulheres fizeram-se explodir junto a um mercado de telemóveis da cidade. Uma testemunha afirmou ao jornal diário nigeriano Vanguard que um dispositivo explodiu perto do gerador que abastecia o mercador, ao passo que a segunda bomba foi detonada no centro do mercado.

“Foram mobilizados agentes de uma esquadra da polícia, que fica perto do local. Os negociantes fecharam as lojas e saíram do mercado. Os veículos de salvamento estão a levar as vítimas para o hospital. Não fazemos ideia do número de mortes”, afirma Nafiu Mohammed, um dos negociantes que se encontrava no mercado e que testemunhou o duplo atentado bombista.

O secretário-geral da ONU, Ban Ki-Moon, já condenou os ataques a Kano, e a manifestou o apoio da organização ao governo nigeriano no “combate ao terrorismo”.

Ainda ninguém reivindicou qualquer um dos ataques terroristas levados a cabo na terça-feira e esta quarta-feira, embora se suspeite do grupo extremista islâmico Boko Haram, um grupo terrorista com ligações ao Estado Islâmico, que já matou milhares de pessoas no país. É considerado o mais letal no mundo, e só em 2014 provocou a morte de 6644 pessoas.

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Segundo responsáveis nigerianos, o Boko Haram “obriga raparigas a fazerem-se explodir”, isto é, a tornarem-se bombistas suicidas.