O ‘motard’ português Paulo Gonçalves (Honda) espera uma edição do Rali Dakar de 2016 “muito difícil”, na sequência da apresentação da prova rainha de todo o terreno, realizada hoje em Paris.

“Sabemos que será um Dakar muito difícil. Já estávamos à espera disso. Será uma vez mais uma prova muito intensa, com mais dias de pilotagem em altitude e com etapas maratona bastante complicadas”, disse Paulo Gonçalves, em comunicado divulgado pela sua assessoria de comunicação.

O piloto português tem uma opinião muito parecida com a do diretor da prova, Etienne Lavigne, que admitiu que “este Dakar será talvez mais duro do que o que estava inicialmente previsto”, apesar de ter apenas passagem pela Argentina e a Bolívia.

“Temos de estar muito bem preparados. Estou certo que o trabalho que temos feito até aqui vai-nos permitir estar num bom nível, suficiente para sermos capazes de superar todas as adversidades”, observou o ‘motard’ português.

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Paulo Gonçalves é considerado um dos fortes candidatos a suceder ao espanhol Marc Coma, vencedor das duas últimas edições, que terminou a carreira desportiva, em conjunto com o espanhol Joan Barreda, o australiano Toby Price e o francês Olivier Pain.

Hélder Rodrigues, outro dos portugueses que vai disputar o Dakar de 2016, assinalou que os resultados têm sido “encorajadores” e que “todo o projeto desportivo é idealizado com vista à prova sul-americana”.

A oitava edição da prova em solo sul-americano parte de Buenos Aires, a 02 de janeiro, percorrendo um total de 9.300 quilómetros — dos quais 4.700 a 4.800 cronometrados -, até à chegada, a Rosário, no dia 16, mas sem passagem por alguns locais emblemáticos, no Chile e no Peru.

O Chile foi o primeiro a abdicar da prova, em consequência das inundações que provocaram grandes danos no norte do país, mas o Peru, que voltaria a receber o Dakar após dois anos de ausência, desistiu pouco depois, para se concentrar na gestão do risco motivado pelo fenómeno climatérico El Niño.

O Dakar de 2016 visitará pela terceira vez a Bolívia, onde a caravana terá de passar pelo salar de Uyuni, o maior deserto de sal do mundo, a mais de 3.500 metros de altitude, na mais extensa etapa da competição, com perto de 550 quilómetros.

A Argentina, a único país que marcou presença em todas as oito edições, será ainda ‘dominadora’ em 2016, recebendo o prólogo, o dia de descanso, a 10 de janeiro, em Salta, e falhando apenas uma etapa na sua totalidade, a sexta, precisamente, no salar de Uyuni.