A União Europeia (UE) anunciou um fundo de 7,5 milhões de euros para um sistema de Internet que vai ligar as universidades da África Austral e Oriental, visando a redução de custos para as instituições de ensino.

“O principal objetivo desta iniciativa é conectar as instituições de pesquisa da região, assegurando que haja uma Internet de maior qualidade e com custos reduzidos”, disse Sven Von Burgsdorff, chefe da delegação da UE em Moçambique, após a assinatura de um memorando de entendimento com a UbuntuNet Alliance, empresa que está a liderar o projeto “AfricaConnect 2”.

Além da construção de infraestruturas de gestão da rede, o valor desembolsado pela UE vai ajudar na capacitação dos técnicos do projeto e espera-se que nos próximos tempos seja estabelecida uma ligação entre todas as instituições de ensino da África Austral e Oriental, entre públicas e privadas.

“É muito importante que se explore as capacidades de conexão da rede de Internet na atualidade para que todos os setores sejam beneficiados”, salientou Sven Von Burgsdorff, enaltecendo a importância da “democratização do acesso às informações” através de iniciativas similares em Moçambique.

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O plano é estender a rede para todos os países africanos e, para o efeito, a UE vai desembolsar mais 11,5 milhões de euros, segundo Sven Von Burgsdorff.

O presidente do conselho executivo da Ubuntunet Alience, Pascal Hoba, disse que a iniciativa vai servir para incentivar a pesquisa na região, apontando as diferenças sociais e económicas dos países como um desafio no quadro da execução do projeto.

“As diferenças existem entre os países, mas a necessidade de conexão é a mesma”, declarou Pascal Hoba, reiterando que o objetivo é conectar toda África numa só rede da Internet.

Esta é a segunda fase do “AfricaConnect 2”, na primeira fase do projeto, a UE desembolsou 4,5 milhões de euros.