Donald Trump, candidato às primárias republicanas para as presidenciais dos Estados Unidos de 2016, disse hoje que é favorável ao restabelecimento da simulação de afogamento, um método de interrogatório considerado como tortura – o waterboarding.

No programa de domingo “This Week”, do canal de televisão ABC, Donald Trump afirmou que restabelecerá “absolutamente” a simulação de afogamento como método de interrogatório, considerando que o grupo radical Estado Islâmico (IE) faria muito pior.

O “waterboarding“, ou simulação de afogamento, que consiste em deitar água na cara e nas vias respiratórias do prisioneiro que está de olhos tapados, foi uma técnica de tortura utilizada pela CIA após os atentados de 11 de setembro de 2001 por iniciativa do antigo presidente norte-americano George Bush.

A simulação de afogamento é considerada tortura pelas Nações Unidas e foi proibida pelo presidente Barack Obama, tendo sido um método utilizado pelo menos em três prisioneiros, segundo um relatório do Senado dos Estados Unidos.

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“Penso que a simulação de afogamento é uma pechincha em comparação com o que nos fazem sofrer”, disse Donald Trump, dando como exemplo a decapitação de James Foley, o jornalista norte-americano executado pelo EI em agosto de 2014.

Na semana passada e após os atentados de Paris, Donald Trump afirmou que os norte-americanos “não podem permitir os refugiados” no país, especialmente vindos da Síria.

O candidato disse ainda que está na altura de começar a “monitorizar e a estudar mesquitas, porque está a haver muita conversa” nestes locais.