O ministro francês da Defesa afirmou hoje que todos os países europeus estão disponíveis para lutar contra o terrorismo de maneira concreta, acrescentando que França está a fazer um “inventário de possibilidades” conforme a situação de cada país.

“O conjunto dos países da União Europeia mostrou o seu apoio concreto à França. Por um lado, um certo número de Estados vai participar nos ataques, com ações fortes, no território sírio e iraquiano [controlado pelo Daesh]. Os britânicos estão a pensar nisso e não são os únicos”, afirmou hoje Jean-Yves Le Drian, em declarações à televisão de notícias francesa ‘i-télé’.

Outros países, acrescentou, em função dos meios e do seu enquadramento legal, podem ser capazes de fornecer apoio logístico para ajudar a França nesta situação, e outros vão substituir o esforço militar francês noutros cenários, como em África.

“Todo o mundo precisa de todo o mundo”, afirmou o ministro da Defesa de França, considerando que todos que queiram participar na luta contra o terrorismo “são bem-vindos” e que “cada um terá o seu papel”.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

Jean-Yves Le Drian disse ainda que França não prevê reduzir os efetivos que estão no Mali, onde, afirmou, está em marcha uma operação da força anti-terrorista Berkane (apoiada por franceses), que “atua todo o tempo”.

“Evidentemente que se as forças europeias vierem em apoio e alívio das forças francesas é a defesa europeia em curso”, considerou o governante francês.

França, sublinhou, “não está sozinha” e o seu objetivo é formar uma coligação tão ampla quanto possível, objetivo para o qual, o presidente francês, François Hollande, se vai reunir esta semana com os líderes da União Europeia, do Reino Unido, da Alemanha e da Rússia.