O Fundo de Garantia para as vítimas de atos terroristas e outros crimes (FGTI), criado em 1986, será utilizado para indemnizar vítimas ou familiares que tenham sido afetados pelos atentados em Paris. O ministro das finanças, Michel Sapin, avançou que vão ser avaliados pelo menos 4000 casos, segundo o Les Echos.
“Vamos acompanhar as famílias das vítimas legalmente, financeiramente, em todas as tarefas administrativas”, assegurou o primeiro-ministro, Manuel Valls.
Vários pedidos de indemnização foram feitos, sendo que todas as pessoas de algum modo afetadas, independentemente da nacionalidade, podem usufruir desse fundo que avalia todos os danos sofridos pela pessoa lesada.
Via @LesEchos : Le fonds consacré aux victimes d'#attentats devra traiter environ 4.000 dossiers https://t.co/RinqU9ye1e
— Mutualité Française (@mutualite_fr) November 23, 2015
O Les Echos explica que para as famílias que perderam um ente querido o fundo paga uma indemnização por danos morais e económicos. De acordo com exemplos fictícios, uma pessoa que tenha sido ligeiramente ferida no atentado em França pode receber até 52.000 mil euros, sendo que o valor para alguém que tenha ficado gravemente ferido pode ascender até aos 900.000 mil euros. Alguém que tenha perdido por exemplo o marido, durante o ataque, e que tenha filhos, pode receber até 765.000 mil euros. O prejuízo económico é calculado em função das circunstâncias individuais de cada vítima e se por exemplo ela pode voltar a trabalhar.
“Estes números são apenas para fins informativos. Eles não podem prefigurar o montante da compensação, que é avaliada para cada vítima de uma maneira completamente individualizada “, diz o FGTI.
O Fundo tem neste momento mais de mil milhões de euros, sendo que segundo o ministro das finanças, Michel Sapin, o Fundo “não terá dificuldade em lidar com os pedidos”, tendo uma equipa mobilizada para tratar do assunto. O problema, no momento, não é o dinheiro, mas sim a velocidade de apoio às vítimas que deve ser feito o mais rápido possível para resolver a emergência financeira de algumas famílias. Os primeiro pagamentos já começaram a ser feitos na sexta-feira.
As reservas do FGTI são alimentadas por um imposto de 3,30 euros em contratos de seguro, que irá aumentar em janeiro de 2016 para 4,30 euros.