António Costa escolheu a equipa do Governo com um objetivo: não reduzir o poder de fogo no Parlamento, à esquerda e à direita. Ao que o Observador apurou, o líder do PS já tem todos os nomes escolhidos e deixará no Parlamento quatro nomes com forte experiência política: Carlos César, João Galamba, Ana Catarina Mendes e Pedro Nuno Santos. Mas este último entra no Executivo como secretário de Estado dos Assuntos Parlamentares.

Assim que saiu de Belém, o secretário-geral do PS sentiu-se confortável para começar a concretizar a composição do Governo. Com a certeza que Mário Centeno vai para o Executivo, o líder socialista não queria enfraquecer o poder de fogo no Parlamento, isto porque grande parte do Governo vai ter sustentação nas decisões dos deputados. E é necessário negociar à esquerda e responder aos nomes fortes da direita que reentram no hemiciclo, vindos do Governo.

No equilíbrio que é necessário fazer, Costa decidiu deixar Carlos César na Assembleia da República e Ana Catarina Mendes como número dois no partido. Além destes dois nomes, o líder socialista quis reforçar a frente de ataque colocando João Galamba como porta-voz do partido e como pivot das negociações à esquerda.

Da equipa das negociações, apenas Pedro Nuno Santos entra para o Governo. Será, segundo apurou o Observador, secretário de Estado dos Assuntos Parlamentares. E será, no Executivo, o nome que ficará a negociar com os partidos da esquerda a aprovação dos principais dossiers, em conjunto com César e Galamba.

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