Samra Kesinovic, de 17 anos de idade, e Sabina Selimovic, de 16, são duas jovens filhas de refugiados bósnios que fugiram para a Áustria nos anos 90 depois de estalar a guerra no seu país. Mas, no ano passado, as famílias das duas amigas reportaram que ambas tinham desaparecido de Viena. Os pais chegaram a relatar que as jovens tinham deixado um bilhete onde se lia: “Não nos procurem. Vamos servir Alá e vamos morrer por ele”.
Mais tarde foram localizadas a viajar para a região de Adana, junto à fronteira da Síria, através da capital turca de Ancara. O destino era juntarem-se ao Estado Islâmico.
Kesinovic tornou-se na cara principal de muitas campanhas propagandistas do grupo jihadista radical. Agora, a adolescente de 17 anos terá sido espancada até à morte pelos militantes do grupo terrorista quando tentava fugir da cidade síria ocupada pelos jihadistas de Raqa, avançam dois jornais austríacos.
Durante o último ano, as duas raparigas apareceram várias vezes em fotos com armas automáticas, vestindo véus islâmicos e utilizando símbolos, como bandeiras ou lenços, do autoproclamado Estado Islâmico. Há alguns meses, já tinham surgido notícias que davam conta que Selimovic tinha morrido em combate na Síria.
Agora, e como dá conta o Telegraph, o governo austríaco recusou-se a comentar a possível morte da segunda rapariga fugida de Viena. Thomas Schnöll, um porta-voz do ministro dos Negócios Estrangeiros, referiu que “não podemos comentar casos individuais”.
No entanto, um dos jornais da Áustria, o Krone Zeitung, citou uma mulher tunisina que, alegadamente, vivia com as duas adolescentes, afirmando que Samra Kesinovic tinha sido assassinada.
O facto de, no ano passado, a austríaca ter escrito uma carta à família afirmando que estava farta de violência e que queria voltar para casa, dão força a esta possibilidade. Numa das últimas vezes que tinha dado notícias, Selimovic chegou a afirmar, numa troca de mensagens com jornalistas da revista Paris Match, que “aqui posso ser realmente feliz. Posso praticar a minha religião. Não o podia fazer em Viena”.