A Tunísia anunciou o encerramento da fronteira terrestre com a Líbia durante 15 dias a contar da meia-noite desta quarta-feira, na sequência do ataque suicida que matou pelo menos 12 elementos da guarda presidencial, na terça-feira, em Tunes.

O Conselho de Segurança Nacional, presidido pelo chefe de Estado, Béji Caïd Essebsi, decidiu ainda “reforçar a vigilância sobre fronteiras marítimas e nos aeroportos”, lê-se num comunicado emitido pela Presidência.

Foi também decidido “intensificar as operações de bloqueio de sítios da Internet relacionados com o terrorismo” e “tomar medidas urgentes relativamente às pessoas provenientes de palcos de conflito, no âmbito da lei antiterrorismo”.

O Conselho de Segurança anunciou igualmente o recrutamento de 3.000 agentes policiais adicionais no Ministério do Interior e outros 3.000 no exército, em 2016.

De acordo com as autoridades locais, milhares de tunisianos estão no Iraque, na Síria e na Líbia, integrando as fileiras dos grupos extremistas, como o grupo extremista Estado Islâmico (EI), que reivindicou a responsabilidade pelo ataque de terça-feira em Tunes.

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A Tunísia já foi alvo de dois grandes atentados reivindicados pelo EI este ano, um no Museu Bardo, em Tunes, em março, e outro num hotel perto de Sousse, em junho, dos quais resultaram 60 vítimas mortais.

Segundo as autoridades, os autores dos atentados haviam sido treinados no manuseamento de armas na Líbia, onde emergiu o grupo EI.

Hoje, o Ministério do Interior disse que o explosivo usado no ataque de terça-feira contra a segurança presidencial foi o “Semtex, um produto já utilizado em cintos explosivos feitos ilegalmente da Líbia e apreendidos em 2014” na Tunísia.