O homem que matou outro com uma faca no primeiro dia de 2015, numa hospedaria do Porto, foi hoje condenado a 13 anos de prisão efetiva por coletivo de juízes do Tribunal de S. João Novo, naquela cidade.

“Espero que tenha sido uma situação única e que não se volte a repetir. Aproveite o tempo na prisão para pensar num futuro diferente quando reintegrar a sociedade”, disse a juíza presidente, durante a leitura da decisão judicial.

A 01 de janeiro de 2015, o homicida confesso, com problemas de alcoolismo e toxicodependência, matou o marido da responsável da hospedaria onde estava alojado desde novembro de 2014 com uma faca, tendo, posteriormente, fugido. Entregou-se à PSP horas depois.

O arguido tentou ainda matar a responsável pela hospedaria, mulher da vítima mortal, atingindo-a na zona do abdómen, obrigando-a a receber tratamento hospitalar.

Os dois homens ter-se-ão desentendido por causa de uma televisão, que o homicida queria levar da hospedaria.

No início do julgamento, a 05 de outubro, o homem confessou o crime e mostrou-se arrependido porque “ninguém tem o direito de tirar a vida a outra pessoa”.

“Eu não estava no meu estado normal, estava alterado. Vivo com muitos remorsos”, disse perante o coletivo de juízes.

Nas alegações finais, o Ministério Público (MP) referiu que o homem agiu com “frieza de ânimo” e “dolo intenso”, mostrando “desprezo” pela vida humana.

O MP considerou que o arguido só não matou a mulher porque esta conseguiu “escapulir-se”, caracterizando o crime como de “ilicitude muito elevada”.

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