A Cimeira do Clima vai mudar o dia-a-dia de Paris – já abalado pelos atentados de 13 de novembro – e condicionar a vida de quem vive na capital francesa este domingo e esta segunda-feira. Para facilitar a circulação, os transportes públicos e o estacionamento residencial vão ser grátis, as empresas estão a ser aconselhadas pelas autoridades a promover o teletrabalho e haverá restrições de trânsito em toda a região que envolve a cidade.

Na segunda-feira, quase 150 líderes mundiais vão marcar presença na abertura da Conferência do Clima em Paris e isso faz com que a cidade tenha de se preparar para medidas extra de segurança. Estas medidas vão ter uma influência direta na vida dos parisienses e de quem escolheu visitar a cidade por estes dias. As restrições começam já no domingo, altura em que os líderes mundiais começam a chegar, e intensifica-se na manhã de segunda-feira, 30 de novembro.

  • Transportes públicos

Metro, autocarro e comboio vão ser grátis em toda a grande região parisiense. Também as bicicletas que podem ser alugadas, as Velib, vão ser grátis. O estacionamento residencial será também de graça nestes dois dias. Estas medidas visam evitar filas ou grandes concentrações de pessoas, permitindo que quem tem de se deslocar na cidade o faça de forma mais rápida – e até que prefira deixar o carro em casa e use os transportes coletivos.

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  • Estradas

Algumas das principais estradas que dão acesso à cidade estarão com trânsito condicionado e até cortado na manhã de 30 de novembro. Os principais acessos condicionados são a A1 entre Roissy e Paris, A106 e l’A6 entre o aeroporto de Orly e Paris. Dentro da cidade, alguns dos principais eixos de circulação servirão como itinerário de segurança e passará entre a Praça Concorde e a Porta de Asnières.

  • Matérias proibidas

Entre este sábado e 13 dezembro a venda de algumas substâncias está interdita na região de Paris. Álcool desnaturado, solventes, acetona e gases inflamáveis, nomeadamente botijas de butano e propano são algumas das substâncias que não podem ser vendidas nem transportadas. Também não se podem vender quaisquer materiais relacionados com fogo-de-artifício.

  • Reforço policial

Mais 10 mil agentes policiais e militares vão reforçar a segurança da cidade. Depois dos atentados de 13 de novembro, toda a região de Paris está a ser vigiado por mais de 120 mil polícias e militares. As manifestações que estavam previstas para domingo foram proibidas depois dos atentados, de modo a tornar mais fácil a segurança deste evento.