A organização ambiental Sea Shepherd alertou hoje o Japão contra o recomeço da “caça para fins científicos” no Antártico, apelando ao Governo australiano que intervenha.

Após uma década de campanhas da Sea Shepherd, o Japão foi obrigado a abandonar a caça no Antártico, depois de o Tribunal Internacional de Justiça declarar que a expedição anual constituía uma atividade comercial disfarçada de investigação.

No entanto, no sábado, os meios de comunicação japoneses noticiaram que a caça vai recomeçar no próximo ano, apesar de pedidos dos reguladores para que sejam apresentadas mais provas de que as expedições têm objetivos científicos.

“As águas cristalinas do Oceano Antártico estão novamente sob a ameaça de caçadores”, disse o chefe executivo da Sea Shepherd, Alex Cornelissen.

“Queríamos lembrar o Governo japonês de que as baleias do Oceano Antártico estão protegidas por leis internacionais, leis australianas e pela Sea Shepherd. Assim, qualquer violação do Santuário da Baleia do Oceano Antártico ou do Santuário da Baleia Australiana será encarada como um ato criminoso”, acrescentou.

A Austrália liderou os esforços para persuadir o Japão a suspender a caça às baleias. Por esse motivo, a Sea Shepherd pediu ao primeiro-ministro Malcolm Turnbull para recorrer à diplomacia, numa tentativa de que a caça não recomece.

“O primeiro-ministro Turnbull tem o dever de garantir que a questão urgente da caça às baleias do Japão está no topo da agenda quando visitar o Japão em dezembro”, disse o diretor da Sea Shepherd Austrália, Jeff Hansen.

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