O presidente do Coliseu do Porto estimou que a sala de espetáculos finalize o ano com um aumento de 50% nas receitas com espetáculos de acolhimento.

Eduardo Paz Barroso anunciou também que a ópera regressa em 2016, ano em que o equipamento celebra o 75.º aniversário.

“O resultado que o Coliseu prevê este ano atingir implica que haja um aumento de 50% de receitas com espetáculos de acolhimento. E é de referir que, de entre os 127 espetáculos que realizámos, sete são eventos corporativos”, declarou Eduardo Paz Barroso, durante uma conferência de imprensa para divulgar os resultados alcançados no primeiro ano de exercício da nova direção do Coliseu e que serviu igualmente para antecipar o seu 75.º aniversário.

Em outubro, a nova liderança do Coliseu, encabeçada por Eduardo Paz Barroso, informava que depois da sua entrada em funções, o Coliseu do Porto verificou um aumento de 56% nas receitas com parcerias, para 380 mil euros.

Num conjunto de informações enviadas à Lusa, o Coliseu do Porto afirmou ter fortalecido “as relações com os fundadores institucionais”, bem como aprofundado “a relação com o município do Porto, com os municípios deles vizinhos e realizou novas parcerias com mecenas e parceiros como a Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, Misericórdia do Porto, a Porto Lazer, a Associação Comercial do Porto, o Instituto Politécnico do Porto e o bale teatro, entre outros”.

Hoje, em conferência de imprensa, Eduardo Paz Barroso referiu que em 2015 foram realizados 127 espetáculos, ou seja, houve um aumento de 23% em relação ao período homólogo de 2014 (104 espetáculos).

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O Coliseu recebeu em 2015 um total de 218 mil espetadores, mais 15% do que em 2014 (188 mil).

Segundo Paz Barroso, o número de espetadores vai aumentar ainda até no final do ano, designadamente por causa do espetáculo de circo que estreia no dia 11.

Dos 127 espetáculos realizados no Coliseu, 60 foram de produção própria ou resultado de parcerias, o que “corresponde a uma percentagem de 47% e traduz bem o peso da atividade em projetos alternativos de cariz social”, considerou o presidente do Coliseu, destacando “o papel que a Câmara do Porto tem desempenhado ao longo deste ano no Coliseu”.

Eduardo Paz Barroso referiu que no final de setembro deste ano o Coliseu registava um défice operacional e que tinha “diminuído 20% o passivo”.

“É realista ter neste momento a expectativa de atingir um resultado operacional próximo do neutro se a resposta ao circo novo do Coliseu do Porto por parte dos públicos for também uma forma de os públicos virem ao encontro de uma memória enorme que faz parte do imaginário da cidade e que é o circo que há 75 anos ocorre nesta casa”, declarou.

Questionado pela Lusa sobre se podia concretizar o valor da receita, Paz Barroso remeteu para “o momento” em que se apresentar o relatório de contas.

“Estamos sempre a fazer contas, andamos sempre com a nossa folha Excel, há um momento próprio e será na assembleia-geral do acionistas que será oportuno apresentar essas contas, validadas pelo nosso revisor de contas e com toda a certificação”, acrescentou, reiterando que do ponto de vista da receita, ela aumentou 50% da receita com os espetáculos de acolhimento, comparativamente com o ano anterior, 2014.

As contas em 2014 tinham um resultado negativo conjugado com um défice numa conta caucionada que andava próximo dos 150 mil euros, informou ainda o presidente do Coliseu.

Em 2016, a ópera regressa ao Coliseu, assim como estão previstos um espetáculo dos Azeitonas e outro da orquestra de Glenn Miller, anunciou Paz Barroso.

“No dia 11, é a estreia do circo novo do Coliseu e esse será com certeza um momento alto do Natal e do lazer na cidade do Porto, nesta quadra tão emblemática”, considerou aquele responsável.

Para o futuro, Paz Barrosos traçou como objetivos para o Coliseu que aquela sala de espetáculos consolidasse o seu posicionamento enquanto “rua coberta do Porto”.

O Coliseu “quer ser um lugar de encontros, desmultiplicados para todos aqueles que visitam a cidade e a região, quer fidelizar os seus públicos e quer sobretudo deixar definitivamente para trás o caminho que vinha seguindo, que não levava, como se viu, a bons resultados, porque o Coliseu tinha definhado, estava numa situação de letargia e hoje praticamente já quase ninguém se lembra disso”, observou.