Marcelo Rebelo de Sousa, candidato às eleições presidenciais, afirma que o processo que culminou na tomada de posse do novo Governo dividiu o país e que é sua missão, caso chegue a Belém, unir a sociedade portuguesa. O professor catedrático de Direito voltou a reforçar que não acredita numa segunda volta nas eleições de 24 de janeiro.
Em entrevista ao jornal luso-brasileiro Portugal Digital, Marcelo Rebelo de Sousa falou sobre a crise no Governo na perspectiva de potencial sucessor de Cavaco Silva. “Os acontecimentos que terminaram com a posse do novo Governo dividiram o país. A última coisa que eu quero é que essa divisão permaneça. O papel do Presidente, nesta fase tão especial, é reequilibrar o sistema de forma a que todos os portugueses se possam sentir incluídos e representados pelas instituições, gerar consensos, de modo a que os Governos não se afastem da realidade do país”, afirmou.
Marcelo assegurou ainda que se chegar a Belém, o desafio será “a criação de equilíbrios sem vinganças”. “Naturalmente, não nego as minhas origens social democratas. Mas isso não fará de mim um Presidente parcial”, garantiu o antigo comentador televisivo. Sobre a possibilidade de uma segunda volta face a Sampaio da Nóvoa ou Maria de Belém, Marcelo repetiu acreditar que “pode não haver segunda volta”.
Ainda sobre a emigração, Marcelo lembrou que grande parte da sua família vive no Brasil e que como Presidente, vai fazer com que “Portugal que seja mais justo e, ao mesmo tempo, uma ponte universal”.