O Príncipe Harry, quinto na linha de sucessão ao trono de Inglaterra, aproveitou a visita ao Parque Nacional Kruger, em Moçambique e na África do Sul, para divulgar algumas das fotografias e vídeos que registou durante os três meses de voluntariado na área de conservação da vida selvagem, noticiou o jornal britânico The Guardian.
Esta quarta-feira, quando o príncipe de 31 anos chegou ao Parque Nacional Kruger, foi encaminhado para o local onde uma fêmea e uma cria de rinoceronte tinham sido mortas para lhes ser retirado os chifres, um dos bens mais valiosos no mercado negro.
HRH speaks to forensic investigators gathering evidence at the scene in the hope of eventually catching the poachers pic.twitter.com/3nlqO8EusI
— Kensington Palace (@KensingtonRoyal) December 2, 2015
“O Parque Nacional Kruger é um dos sítios mais belos do mundo, mas nos últimos anos tornou-se um grande campo de matança”, disse o príncipe citado na conta do Twitter do Palácio Real de Kensington. “Este é um teste a toda a humanidade e não nos podemos dar ao luxo de falhar. A natureza precisa de nós para travar as suas batalhas e salvar os seus animais.”
Specialist skills training, funded by @united4wildlife, will help field rangers tackle the #illegalwildlifetrade pic.twitter.com/gNSGQV9SOE
— Kensington Palace (@KensingtonRoyal) December 2, 2015
Os momentos do voluntariado de verão partilhados pelo príncipe Harry no Instagram do Palácio Real de Kensington:
Em alguns locais, há equipas que estão a cortar os chifres aos rinocerontes para evitar que os caçadores furtivos os matem. “É uma solução temporária e certamente não substitui os rangers profissionais e bem treinados para proteger estes animais tão procurados”, referiu Harry. As funções iniciais do príncipe-voluntário eram monitorizar a atividade cardíaca e os níveis de oxigénio nos animais anestesiados, mais tarde medir a pressão arterial, retirar amostras de tecido e cortar o próprio chifre.
Durante a segunda operação da rinoceronte-negra Hope (Esperança) severamente ferida por caçadores ilegais. Os rinocerontes-negros são uma das espécies mais ameaçadas de rinocerontes. A estratégia dos caçadores furtivos agora passa por usar dardos tranquilizantes em vez de tiros porque faz menos barulho. Depois desfiguram os animais para lhes tirar o chifre enquanto eles ainda estão imobilizados.
Num orfanato de rinocerontes cujas mães foram mortas por caçadores furtivos para roubar os chifres.
“Depois de um dia muito longo no Parque Nacional Kruger, com cinco rinocerontes enviados para novas casas e três elefantes libertados das suas coleiras [localizadoras] – como esta fêmea sedada – decidi tirar um momento. Sei a sorte que tenho por ter estas experiências, mas ouvir as histórias das pessoas no terreno sobre quão grave a situação está, deixa-me chateado e frustrado. Como é que é possível que só no último ano se tenham abatido 30 mil elefantes? Nenhum tinha nome, é por isso que não nos preocupamos? E para quê? Pelas presas? Ver carcaças enormes de rinocerontes e elefantes espalhadas por África, com os seus chifres e presas em falta, é um desperdício da beleza sem razão de ser.”