Donald Tusk, presidente do Conselho Europeu, assumiu que fechar o dossier da possível saída do Reino Unido da UE até ao final dezembro “é um risco”. Mas é a vontade de David Cameron, primeiro-ministro do Reino Unido, antecipando que temas fraturantes como o terrorismo ou a crise dos refugiados permitirão um ambiente mas favorável para negociar o acordo entre os 28 sobre as novas condições de pertença do país à União Europeia.

Caso estas pretensões não sejam alcançadas, nomeadamente a exigência do Reino Unido de poder impedir emigrantes da União Europeia de terem acesso a benefícios no país durante os primeiros quatro anos de descontos, David Cameron já ameaçou os líderes europeus de fazer campanha pelo não, avança o The Telegraph. Com essa decisão, aumentariam as hipóteses de o Reino Unido abandonar definitivamente a União – uma das últimas sondagens, levadas a cabo pela ORB International, mostra que 52% dos britânicos querem sair.

Ao Guardian, Donald Tusk diz que partilha a opinião de Cameron que considera que debater este tema em dezembro “é melhor que em fevereiro” – o referendo deve realizar-se entre abril e junho. “Se ele está disposto a correr esse risco, eu ajudarei. Mas aí será um risco do próprio primeiro-ministro”, afirmou Tusk, que tem como uma das suas principais funções organizar a agenda de discussão de cada Conselho Europeu. A antecipação deste debate, faria assim com que a chamada Brexit (Britain+Exit) seria acordada já a 17 e 18 de dezembro, data de reunião dos chefes de Governo dos 28, ou pelo menos, começaria aí a discussão.

Cameron continua esta semana o seu périplo pela Europa, depois de uma reunião no início da semana com Tusk e Juncker, vai agora à Bulgária para apresentar as suas exigências ao primeiro-ministro Boyko Borissov e também pedir apoio para as reformas necessárias na União.

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