O departamento de justiça norte americano acusou, esta quinta-feira, 16 membros da FIFA de extorsão, fraude eletrónica e lavagem de dinheiro. Alguns ocupam cargos de topo dentro do órgão máximo que tutela o futebol mundial.

São todos membros da Concacaf, a confederação regional que engloba a América do Norte e Central e as Caraíbas, e da CSF, que tutela o futebol sul-americano. De acordo com a imprensa internacional, os esquemas eram feitos com o objetivo de enriquecimento próprio.

Entre os detidos estão Alfredo Hawit, presidente da Concacaf, e Ángel Napout, presidente da CSF. Os restantes são Ariel Alvarado, Rafael Callejas, Bryan Jimenez, Rafael Salguero, Hector Trujillo e Reynaldo Vasquez (todos da Concacaf). Manuel Burga, Carlos Chavez, Luis Chiriboga, Marco Polo del Negro, Eduardo Deluca, Jose Luis Meiszner, Romer Osuna e Ricardo Teixeira são da Conmebol.

Ricardo Teixeira já foi presidente da Confederação Brasileira de Futebol. Marco Polo Del Nero é o atual presidente do órgão máximo do futebol basileiro.

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De acordo com a investigação conduzida pelas autoridades suíças e liderada pelos Estados Unidos, os 16 são suspeitos de aceitarem subornos de milhões de dólares pela venda de direitos publicitários em torneios de futebol na América Latina, bem como em jogos de qualificação para Campeonatos do Mundo. Extorsão, lavagem de dinheiro e fraude são alguns dos crimes em investigação.

Os dirigentes de alto nível da FIFA terão recebido dinheiro em troca da venda de direitos de comercialização relacionados com torneios de futebol na América Latina, bem como dos jogos para as qualificações do Mundial.

Durante a manhã, perante as primeiras notícias ainda sem nomes confirmados, a FIFA reagiu num curto comunicado, referindo apenas que vai “continuar a cooperar plenamente com a investigação dos Estados Unidos” e que “não fará mais nenhum comentário adicional”.