O ex-secretário geral adjunto do Ministério da Administração Interna saiu do cargo que ocupava depois de ter entrado com um pedido de reforma há cerca de três meses. “Contei com 6, 7 meses que é o normal, mas a reforma foi-me concedida ao fim de 2 meses e 29 dias. Foi um processo muito rápido”, afirmou Jorge Miguéis à TSF. Quer isto dizer que, a dois meses das eleições presidenciais, o homem que era o principal organizador do ato eleitoral abandona as funções.

Miguéis estava a contar acompanhar o processo eleitoral que culmina na eleição do próximo Presidente da República. O que não estava a contar era com uma decisão que lhe pareceu “demasiado rápida” e que lhe chegou via telefónica. “Tive uma tarde para arrumar os tarecos. Fiquei sem reação e triste por não poder cumprir a promessa que tinha assumido com o dr. João Almeida [anterior secretário de Estado]”, disse.

O ex-secretário geral adjunto do MAI garantiu à TSF que “há uma equipa montada que tem grande parte do trabalho feito”, mas deixa um alerta: “A única novidade que poderá existir é uma segunda volta, coisa que não acontece há 30 anos e de que só eu tenho memória porque não há ninguém com tanto tempo de administração eleitoral como eu”. Jorge Miguéis trabalha há mais de 40 anos na organização de eleições.

A TSF contactou ainda o Ministério da Administração Interna que diz que está a avaliar a situação e remete para o Ministério das Finanças a questão sobre a rapidez do processo de reforma de Jorge Miguéis.

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