O candidato presidencial apoiado pelo PCP entregou o teto máximo de assinaturas de concidadãos para a “corrida” ao Palácio de Belém, no Tribunal Constitucional (TC), em Lisboa, num total de 39 caixas de arquivo.

“Assumirei esse compromisso de dar corpo de viabilização, promulgar todos os diplomas que estejam em conformidade com aquilo que a Constituição prevê. Assumo este compromisso de ser um português, um democrata e apenas vinculado ao dever de fazer cumprir a Constituição. Tenho as mãos completamente livres para agir, sem qualquer tipo de amarra, a não ser bem servir o povo, defender os trabalhadores de Portugal”, afirmou, relativamente a futuras decisões governamentais sobre a sobretaxa de IRS ou o Salário Mínimo Nacional.

Segundo fonte da comitiva de Edgar Silva, nas duas anteriores candidaturas à Presidência da República, respetivamente protagonizadas pelo deputado Francisco Lopes e pelo atual secretário-geral comunista, Jerónimo de Sousa, foram entregues cerca de 14.000 assinaturas no Palácio Ratton, ou seja, bem acima do limite mínimo de 7.500, mas sem atingir o máximo de 15.000.

“Estamos a entregar as 15.000 proposituras que constituem o limite máximo, muitas outras, se fossem necessárias, teríamos seguramente garantido”, disse o antigo deputado regional madeirense e ex-padre.

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Para Edgar Silva, o apoio recebido “corresponde a uma grande mobilização e representa uma grande vontade de viragem”, destacando os valores de “justiça social, desenvolvimento e progresso”, com a confiança de que terá “muitos mais” [votos no dia 24 de janeiro de 2016] do que as referidas 15.000 assinaturas.

“A nossa candidatura incorpora um conjunto de valores que aponta para uma vontade de rutura e uma radical viragem que é urgente nos rumos de que Portugal tanto precisa”, continuou.

Questionado sobre a urgência da elaboração do Orçamento do Estado2016 por parte do novo Governo socialista, o candidato comunista preferiu “aguardar pelo assumir das responsabilidades dos parlamentares e responsabilidades diretas do Governo”.

“O país precisa rapidamente de medidas que sejam palpáveis, que permitam reconquistar de direitos, reverter um conjunto de políticas erradas que têm vindo a ser assumidas em Portugal. Espero que o orçamento seja um desses passos que confirme essa nova dinâmica”, concluiu.