Mais de 500 pessoas de todo o mundo, incluindo os arquitetos portugueses Siza Vieira e Souto Moura, já subscreveram um abaixo-assinado de apoio à candidatura da cidade romana de Conímbriga a Património Mundial da UNESCO.

Um dos dinamizadores do processo, Miguel Pessoa, disse esta segunda-feira à agência Lusa que o documento “está traduzido em 25 idiomas”, incluindo Inglês, Chinês, Grego, Árabe, Turco e Tétum, a língua oficial de Timor-Leste, a par do Português.

“Temos mais de 500 assinaturas de apoio, repartidas por pessoas dos cinco continentes, sendo que o maior número de assinantes se concentra nos municípios das Terras de Sicó, ou seja, em Condeixa-a-Nova, Soure, Penela, Alvaiázere, Pombal e Ansião”, adiantou o arqueólogo, que é também conservador do Museu Monográfico de Conímbriga.

O Movimento para a Promoção da Candidatura de Conímbriga a Património Mundial da Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO) foi criado em finais de 2013, por iniciativa da Assembleia Municipal de Condeixa-a-Nova, aprovada por todas as forças políticas com assento no órgão (PSD, PSD, BE e CDU).

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O processo da candidatura é coordenado pela Câmara Municipal, Assembleia Municipal e Associação Defesa do Património Cultural Ecomuseu de Condeixa, no distrito de Coimbra.

Os subscritores do abaixo-assinado “disponibilizam-se para participar na união de esforços de pessoas e instituições, a nível local, regional, nacional e internacional, no sentido de que seja realizado, a curto prazo, o levantamento do inventário do património cultural do concelho”, a fim de candidatar Conímbriga a Património Mundial da UNESCO.

No dia 23 de novembro, a Assembleia Municipal assinalou os 50 anos da descoberta do Fórum Romano e aprovou um “voto de louvor e agradecimento a todos quantos” participaram na campanha de escavações luso-francesas, tendo sublinhado que os monumentos encontrados em Conímbriga, desde as primeiras escavações, em 1899, conferem à estação arqueológicas “valor de Património Mundial”.