Já nasceram os primeiros cachorros criados através de técnicas de fecundação in vitro. A ninhada de sete cães nasceu depois das manobras de fertilização artificial de um grupo de investigadores da Universidade de Cornell, nos Estados Unidos. De acordo com o que os cientistas explicaram ao El País, este passo significa que se pode preservar raças em extinção e manipular a informação genética de modo a eliminar a expressão de doenças.

No relatório publicado na revista PLOS One, os investigadores indicam que tiveram de passar por três fases essenciais. A primeira dizia respeito à recolha dos ovócitos, que obrigou os cientistas a recolher as células sexuais femininas da progenitora em diferentes dias para descobrir (através dos níveis hormonais) em qual deles é que a célula estaria madura. Seguiu-se a simulação das condições de cruzamento porque, para que o esperma do macho fosse viável, os cientistas tiveram de simular as condições de reprodução do corpo da fêmea. Por último, veio a preservação dos embriões criados depois da fecundação entre o ovócito da cadela e o espermatozóide do cão.

Esta experiência nunca tinha sido efetuada, mas é pelo facto de as condições de reprodução dos cães serem diferentes das humanas (e, portanto, menos estudadas) que a investigação entra para a História da ciência. Agora, os cientistas esperam poder recolher as células sexuais de cães e cadelas que estejam à beira da morte por acidente para garantir a continuidade da reprodução. E evitar que algumas doenças previstas no ADN continuem a afetar os animais.

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